quinta-feira, 21 de março de 2013

Agora somos o País dos indignados

Passámos a ser o país dos indignados. Em especial para todos aqueles
que vivem bem demais…anafados, sortudos, pançudos, com reformas
“gordas”, acumulação de reformas, outros com bons cargos públicos
pagos a peso de ouro…para alguns políticos bem estalados na sua "vidinha"
etc.etc.. perante a outra parte, também igualmente “indignados”, mas
numa outra situação mais grave e menos privilegiada, (que esses
senhores de falas mansas e de boas maneiras), que é a maioria dos
nossos concidadãos, que estão a não-viver. O desemprego nasce como
fossem cogumelos selvagens, a fome alastra por todo o país, a completa
desilusão está estampada nos rostos de cada um de nós, sem que alguém
de bom senso e responsável, ponha termo a este
país sem rumo certo, de desigualdades e sem que tenhamos esperanças de
ver qualquer “lamparina” ao fundo do túnel. Como cidadão não tenho
nada a ver, nem me mordo de inveja, que é coisa muito feia, com os
rendimentos anuais que o patrão Belmiro de Azevedo, acumula, com
vários “tachos” que conseguiu ao longo da sua vida de “trabalho?”.
Igualmente não invejo a sua reforma principesca, que recebe
mensalmente da Segurança Social, com certeza que “trabalhou?” o
suficiente para a “merecer”?. Ele cidadão Belmiro de Azevedo, que vive
num País maravilhoso, livre e democrático, neste rectângulo à
beira-mar  plantado, que é este nosso Portugal, fala de barriga cheia
e farta, que teve a ousadia de ter nascido com o dito para a lua. Não
lhe reconheço, pelo seu tom de afirmação ou dado qualquer prova de
humildade nas suas palavras, entoadas, com cheiro a senhor capitalista
e feudal, que somente deu provas de grande falta de respeito para
todos aqueles que trabalham. Ou pretende ele, que haja trabalho
precário para assim aumentar ainda mais a sua riqueza ?..
Mas na realidade há momentos na vida de um homem, que o melhor era
estar calado.


                                                Mário da Silva Jesus

1 comentário:

  1. Senhor Mário!
    Atente a estas palavras: "Não me indigno porque a indignação é para os fortes; não me resigno, porque a resignação é para os nobres; não me calo, porque o silêncio é para os grandes. E eu não sou forte, nem nobre, nem grande. Sofro e sonho. Queixo-me porque sou fraco e, porque sou artista, entretenho-me a tecer musicais as minhas queixas e a arranjar meus sonhos conforme me parece melhor à minha ideia de os achar belos.
    Só lamento o não ser criança, para que pudesse crer nos meus sonhos, o não ser doido para que pudesse afastar da alma de todos os que me cercam, […]
    Tomar o sonho por real, viver demasiado os sonhos deu-me este espinho à rosa falsa de minha sonhada vida: que nem os sonhos me agradam, porque lhes acho defeitos.
    Nem com pintar esse vidro de sombras coloridas me oculto o rumor da vida alheia ao meu olhá-la, do outro lado.
    Ditosos os fazedores de sistemas pessimistas! Não só se amparam de ter feito qualquer coisa, como também se alegram do explicado, e se incluem na dor universal.
    Eu não me queixo pelo mundo. Não protesto em nome do universo. Não sou pessimista. Sofro e queixo-me, mas não sei se o que há de mal é o sofrimento nem sei se é humano sofrer. Que me importa saber se isso é certo ou não?
    Eu sofro, não sei se merecidamente. (Corça perseguida.)
    Eu não sou pessimista, sou triste."
    Nada mais tenho a dizer.
    A.Antunes

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