sexta-feira, 29 de março de 2013

E se falássemos de ideias?

Há uma frase de Eleanor Roosevelt que acho muito oportuna ser recordada em várias ocasiões, que é a seguinte: “Grandes mentes discutem ideias, mentes médias discutem acontecimentos, mentes pequenas discutem pessoas”. Eu acho que realmente é importante fazermos um esforço para vermos mais do que os simples factos e muito, mas mesmo muito, para lá do que um “tio” ou uma “tia” disse. 

Nestes tempos miseráveis, a vários níveis, em que vivemos, é desesperante ver como nos perdemos no comentário do que disse e não disse, realçou ou omitiu, como os largos rios de tinta (líquida e electrónica) que esta semana se gastaram após uma simples entrevista que não acrescenta(m)/constroem nada. 

 Haja visão, iniciativa e coragem para falar de ideias!

4 comentários:

  1. Os caminhos da perfeição exigem mais esforço que as vias da banalidade. Daí, que a maioria das pessoas procurem viver fora das responsabilidades, que são sempre dos outros, entretendo o dia-a-dia com tricas e réplicas a estas. São os cidadãos que existem na sociedade e só espíritos superiores entendem e navegam nas águas que Eleanor Roosevelt reclama. É um bom comentário e um alerta que devia estar sempre presente. Parabéns.

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  2. Seja bem-vindo, Carlos Sampaio!
    Tentemos que neste blogue se discutam ideias, mesmo que até à exaustão!! É um prazer.
    Este blogue será o que fizermos dele, pois é nosso!

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  3. Este pensamento de Confúcio está aqui descontextualizado, na medida em que é usado para desresponsabilizar aqueles que têm o dever de executar as ideias. As grandes mentes discutem ideias e não as pessoas, mas as grandes mentes também são exigentes relativamente às pessoas que encarnam as ideias e têm a obrigação de as executar. Caso contrário, remeteríamos as grandes mentes para o mundo da hipocrisia do célebre Frei Tomás... Ora, para Confúcio, o exemplo é a única forma de ensinar. Ou seja, para além de as grandes mentes discutirem as ideias, são também extremamente exigentes com o comportamento ético dos agentes. O discurso tem de estar de acordo com o comportamento. Para Confúcio, o comportamento ético antecede a discussão das ideias.

    Santana-Maia Leonardo

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  4. Santana-Maia Leonardo

    Esta frase conhecia-a anónima e ao pesquisar a sua origem vi-a atribuída a E Roosevelt, mas, fazendo jus à mesma, é menos importante o autor do que o conteúdo. Estou completamente de acordo com o que diz sobre a ética. É um pré-requisito fundamental. Quem tem a camisa suja, tem pouca ou nenhuma autoridade moral para falar das nódoas dos outros. Agora, frase bem ou mal aplicada ou contextualizada, eu não procurei desresponsabilizar ninguém, muito pelo contrário. Clarificando: em vez de nos perdemos a comentar superficialmente sicrano e beltrano é prioritário buscar/criar conteúdo estando atento ao valor de cada coisa, de preferência independentemente do respectivo autor. É um acto de responsabilidade que deveria ser assumido muito especialmente por quem tem exposição pública. E, na comunicação social portuguesa, assistimos tantas vezes a um verdadeiro carrossel de opinar sobre o comentário do que disse que … enjoa!

    Sendo ainda que “É mais difícil criar do que criticar”.

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