sexta-feira, 29 de março de 2013

Interrogações legítimas

Caros amigos, companheiros de jornada, que gostam de ler o pouco do que pouco sei, prestem, por favor, atenção a mais algumas das interrogações postas no meu caminho, tal como a vós outras se vos deparam:
1 – que congregadoras políticas governativas são estas que, para se amparar a ‘paupérrima’ banca, se cortam em todos os ‘opulentos e despesistas’ serviços sociais prestados à comunidade, mormente às classes mais desfavorecidas?
2 – que ‘sensatas’ políticas são estas em se assacar ao TC a responsabilidade das asneiras cometidas pelo actual governo com infindáveis atropelos à lei fundamental do país, com a indisfarçável cumplicidade da mão amiga do senhor PR?
3 – que gente nossa é esta que toda se ‘derrete’ por visitar a ‘desalinhada’ Cuba ou a ela recorre na demanda de melhores cuidados de saúde, para depois denegrir o seu sistema político, ou queria que tal ilha continuasse um feudo e servil coutada norte-americana?
4 – que vínculos religiosos temos, ou não: católicos, cristãos, hereges, agnósticos e outros prognósticos, se só ‘nos’ sentimos bem com o mal alheio, quando devemos ao semelhante fazer aquilo que a nós gostamos que façam?
5 – que raciocínio sócio-cultural é o nosso, quando, ciclicamente empalados, só caminhamos à direita, tendo um caminho para desbravar à esquerda, ou ainda um outro que segue em frente, rumo a um providencial porvir, em que a razão central da nossa existência terrena seria sustentável e a todos contemplaria de igual modo, se o amor e a partilha imperassem em todos os corações?
Pensemos, nisso, e um dia seremos muito melhores e mais felizes.
José Amaral
 
 

Pensemos, nisso, e um dia seremos muito melhores e mais felizes.

1 comentário:

  1. Neste momento, quem está a suportar o peso efectivo da crise é a classe média e não as classes mais desfavorecidas. Os cortes nas pensões, por exemplo, só atinge pensões acima dos 1.300€. Acontece que mais de 90% das pensões são abaixo deste valor o que significa que apenas um reduzido número de pessoas é fortemente atingido. Acresce que só existem 4.000 pensões acima de 4.000€, o que significa que o corte nestas pensões apenas tem um efeito moralizador mas não acrescenta 1€ sequer às outras pensões. Ou seja, por muitas medidas moralizadoras que se tomem, os cortes vão sempre ter de atingir quem ainda não foi verdadeiramente atingido: as classes mais desfavorecidas, até porque, não tarda nada, já não existe outras.
    Quanto ao tribunal (in)constitucional, não desejo, obviamente, que cometa a irresponsabilidade de considerar inconstitucionais normas que tenham consequências no presente orçamento, porque, se isso suceder, ainda vamos sofrer uma maior degradação da nossa já muito difícil situação. Em todo o caso, responsabilidade, inteligência e prudência foram sempre qualidades que nunca vi serem exercidas pelas nossas instituições públicas, pelo que não tenho muita esperança de que elas se reflictam no acórdão do tribunal (in)constitucional.
    Quanto ao caminhar pela direita ou pela esquerda, o único que sei é que até hoje só tivemos governos que levaram a cabo políticas socialistas, ou seja, políticas de aumento da carga fiscal para responder ao excesso de despesa pública.

    Santana-Maia Leonardo

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