terça-feira, 23 de abril de 2013

As pessoas deitam a mão a tudo...

Portugal está a empobrecer a um ritmo jamais sentido. Esta crise (cujos autores conhecemos) está a levar cada vez mais pessoas a furtar para comer, em mercearias e supermercados. Em 2012, bens alimentares figuravam em lugares de topo na lista dos produtos desviados. Os pobres estão paupérrimos e sem apoios sociais; a classe média perdeu o emprego e proletariza-se, sentindo dificuldade em comprar o básico. Entretanto, os super-ricos aumentaram em 2012... A PSP considera: «Nenhum indicador demonstra que o momento de retração económica, corresponde ao aumento do crime»(!) O aumento brutal de pobres; da fome; do desemprego; dos sem-abrigo; dos cortes nas prestações sociais; do ressentimento social, corresponde a que mais pessoas deitem a mão a tudo para matar a fome. A maioria destes furtos está associada a questões de sobrevivência. O resgate financeiro a que nos submeteram exige o pagamento acrescido de juros obscenos, estando também a ser pagos à custa da privação, humilhação e sofrimento do povo inteiro. A Rede Europeia Anti-Pobreza manifesta agudo receio, afirmando que a situação pode espoletar (ainda) mais suicídios, revelando que por dia põem termo à vida cinco pessoas! Para suprir necessidades básicas, muitos vendem os seus bens, não sendo por acaso que, as lojas de compra de ouro se reproduzam velozmente... Perfila-se novo corte no já (quase) moribundo Estado social: Saúde, Educação e Segurança Social em (como alguma imprensa refere) mais de 4 mil milhões de euros. Não há margem para mais austeridade, supressões e novos cortes e... se forem concretizados, o Governo é responsável pela agonia e morte lenta duma extensa fatia do povo! A continuarem as políticas austeras, tudo voltará a correr ao contrário das previsões. Os resultados estão à vista...
Vítor Colaço Santos

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