quarta-feira, 26 de junho de 2013

A Europa tem que aproveitar o momento e unir-se

De modo algum se trata de ir à sombra, do menos bem conseguir dos outros para sermos capazes de nos unirmos, mas a Europa ou o faz agora, ou vai-se desmoronar completamente.

Vivemos num mundo globalizado – já estamos cansados de isto ouvir – onde se pensou que todos iríamos poder crescer indefinidamente. E que haveriam mais igualdades, com uma classe média mundial, enorme.

Bem, está tudo em todo o lado a falhar. Cada vez é maior o número de muito pobres e dos poucos, cada vez muito mais ricos – a Forbes disto faz capas! - e as classes médias que de facto cresceram por todo o mundo, estão em declínio, por todo o lado.

O Brasil que crescia com pés de barro, conseguiu ir tirando muitas pessoas da pobreza, mas não o fazendo de forma sustentada e tudo está em derrocada. Se não tivessem tremendas riquezas naturais, hoje, já estavam falido.

A Turquia que se democratizou – para entrar na Europa e esta não deixou – que cresceu, que soube evoluir, depara-se com problemas internos tão graves que podem levar à ingovernabilidade.

África, tem países onde algumas pessoas – muito poucas – são excessivamente ricas e o resto é excessivamente pobre, e cada vez mais pobre, para além de que o desaparecimento “físico” dentro de dias - como é evidente e natural, é vida! - de Nelson Mandela, vai instabilizar todo o Sul do continente.

Toda a faixa que vai para lá da Turquia está em permanente guerra. A China e India crescem mas já não com a rapidez com que o fizerem até há 3 anos atrás.

Alguma consistência dentro destas inconsistências, haverá na Austrália, Canadá, EUA e até Japão.

Logo, os tontinhos que somos nós, aqui, europeus, em vez de nos esgrimirmos neste espaço – que nesta era global é tão pequeno – entre Sul e Norte, temos que nos unir, fortalecer e caminhar unidos e em aliança com os EUA.

Se o não fizermos, rapidamente, vamos rebentar. Se o fizermos vamos conseguir dar a volta e recuperar estas duas últimas décadas de pura imbecilidade. E, claro que não vamos continuar a defender país a país, não, vamos defender um todo europeu, com um projecto único, democrático e encaixado numa era nova.

Sendo que, cada país não fica sem passado, bem pelo contrário, relembrar a História, forçar a Memoria é essencial, e estamos a fazer exatamente o inverso, com a mediatização do momento e apagamento – intencional - do passado. Cada país manterá a sua Vida antes, a favor de um conjunto, que é o imperativo da nossa sobrevivência.

E, teremos que saber criar uma ligação privilegiada entre o todo europeu com todo o sul do Mediterrâneo, para além de como já referido com os EUA.

Esta é a nossa única alternativa, tudo o resto é suicídio europeu.

A. Küttner de Magalhães

5 comentários:

  1. A Europa Unida é uma ficção. Tantos anos de guerras entre as diversas nações que a compõem não podem ser olvidados. A história é a raiz dos povos e não pode ser destruída por interesses imediatos. O respeito não implica adesão. Logo cada país, cada cidadão, devem seguir o seu caminho respeitando os outros.

    ResponderEliminar
  2. Cada país cada cidadao num mundo global....não será ficçao????? pura e dura???

    ResponderEliminar
  3. As pessoas são personalidades, não são meros instrumentos que se alinham às ordens de qualquer bem-aventurado. É preciso ser realista e ver que o lugar do homem na sociedade é de uma luta permanente e isto não tem a ver com moralismos.

    ResponderEliminar
  4. A definição de Pessoa é pela Personalidade. Logo!

    E não é necessário assumirem-se necessariamente como "meros instrumetos", para em democracia haver hieraquias, que se façam valer pelo respeito e nao pelo autoritarimo, interesses estranhos, corrupção, compadrios.

    Logo alguma construçao democratica, mas com principio, meio e fim, será necessária!!!!!! ou nem por isso!!!!!!!

    ResponderEliminar
  5. Ninguém, em seu perfeito juízo, defende a anarquia, salvo se entender que uma sociedade com valores hierarquizados não deve existir e, em último recurso, desejar o fim da humanidade.

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.