terça-feira, 4 de junho de 2013

a minha manifestação

Estive numa manifestação. O alvo era o Governo na pessoa do primeiro-ministro. Tirei duas ilações. A primeira prende-se com o enorme número de polícias, com farda e sem farda, omnipresentes. Conseguintemente, conclui que será, felizmente, ténue a percentagem de pessoas desempregadas nesta área. Para além disso, contribuem estes polícias (presumo pertencentes a uma qualquer categoria de força especial, pois não andavam fardados como os polícias "de giro"), oportunamente, para a valorização do grau de felicidade do país, dada a boa disposição reinante entre eles.
A segunda ilação é, decerto, bem mais premente. Olhava desencantado à minha volta à procura de jovens desempregados. Afinal, são já cerca de 40% os que não conseguem entrar no mundo laboral. Para além disso, na juventude está o futuro da nação. E quanto mais apático for este grupo, menor será a probabilidade de Portugal se estender, ufanamente, para o concerto dos países civilizados. Por isso é que a educação sempre foi o ponto chave para qualquer teoria desenvolvimentista (escolhe teoricamente melhor quem mais escolarizado for, por exemplo). Dizia então a respeito da triste manifestação que esta era composta, tristemente, pelos pais dos jovens. Não sei se estes eram, maioritariamente, desempregados. Mas o que sei é que estavam preocupados. Por eles e pelos seus filhos.

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