sábado, 15 de junho de 2013

Quero mandar...

… para ajudar a endireitar este País. Não é aumentando o tempo de trabalho que se produz mais. Reduzindo os horários será uma maneira de aumentar o número de trabalhadores e fazer com que as pessoas possam nos seus tempos livres aumentar o consumo junto do comércio de lazer. Isto é uma roda que aumentará o seu diâmetro se for correctamente gerida.
Aumentar os horários de certas profissões – como por exemplo motoristas – é colocar em risco a vida de muitos cidadãos. Há profissões de desgaste que se não tiverem fiscalização correcta das suas condições e horários de trabalho põem em risco a saúde dos trabalhadores e aumenta até os gastos nos serviços de saúde.   
Por exemplo: não há necessidade de aumentar o número de alunos por turma; antes pelo contrário. Há um número médio correcto que deve ser respeitado e os professores não devem ser sobrecarregados com tarefas administrativas.

É mesmo obrigatório baixar o IVA e outros impostos de modo a que as empresas e famílias possam cumprir as suas obrigações e o estado possa dispor de verbas que bem aplicadas asseguram o bem estar das populações.
É urgente acabar com a perseguição aos funcionários públicos. Muitas repartições estão a sobrecarregar os seus efectivos e aumentar o tempo de espera de que precisa de ser atendido. Também umas anunciadas “economias” e “modernidades” na tropa que se vão anunciando era bom que esperassem por mais calma pois estes senhores do governo não têm conhecimentos para fazerem mexidas acertadas.
Enfim! Muita da confusão e más escolhas que nos estão a atingir são fruto de governantes com muitos cursos, muito empinanço de livros, mas com muita pouca sabedoria do que é o Trabalho, do que é a Vida.

(PÚBLICO, 15-6-2013)
Maria Clotilde Moreira

2 comentários:

  1. Infelizmente poucas pessoas lêem os jornais de referência. O CM só, vende mais que todos os outros diários de referência juntos. No Montijo, uma cidade com 40.000 habitantes, não se vendem diariamente 100 exemplares e julgo que a tiragem não atingirá os 20.000. O artigo da Clotilde é bem construído e oportuno, mas, infelizmente, poucos leitores terá e ainda menos incomodará aqueles a quem se dirige. Vivemos num país em que os que mandam foram atingidos pelo autismo. Isto só lá vai com um milagre, mas isso não é fácil de conseguir. Parabéns à autora e a quem o transcreveu.

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