terça-feira, 9 de julho de 2013

A mina do ministro Álvaro

Há cerca de dois anos, o Ministro Álvaro levantou um pouco o véu e anunciou que Portugal iria apostar forte no sector mineiro fazendo várias concessões de exploração pois os estudos garantiam estarmos na presença de grandes jazigos dos mais diversos minérios, alguns dos maiores da Europa. Não querendo ser pessimista, sempre ouvi dizer que os Árabes com um olfato apurado como ninguém para cheirarem o subsolo, e ao contrário do que diz a história, teriam abandonado de livre vontade a Península Ibérica e não sido expulsos pois concluíram que por estas bandas nada existia. Assim sendo, tratou-se duma estratégia para despistar pois o Ministério da Economia tinha era descoberto um novo minério, o IUC, encontrando-se a maioria em estado fóssil. A corrida dos pagantes mais parecendo garimpeiros tem originado enormes filas nos locais marcados e até o sistema informático das finanças por volta do meio-dia, gripa e o pessoal depois de ter perdido uma manhã no emprego, não recebendo e ter deixado de produzir para ajudar a combater a crise, volta de mãos a abanar com a certeza que vão ter que repetir esta via-sacra noutro dia. Neste momento, sabe-se que a Autoridade Tributária emitiu 4 milhões de “convites” estando portanto na presença dum filão infindável e com a vantagem de não termos que repartir com qualquer multinacional que venha para cá fazer estudos aprofundados do terreno. Ultrapassando o próprio superior hierárquico, Dr. Victor Gaspar, quem diria que o nosso ministro Álvaro tinha ideias tão brilhantes embora perigosas, pois tratando-se de minas subterrâneas, propicias à formação de gases e sujeitas a explosões tal o aglomerado de descontentes. Só nos resta estar a pau pois isto é apenas o começo. Que mais nos irá acontecer?


(JN, 9-7-2013)
Jorge Morais

1 comentário:

  1. Este não tinha estatuto político nem Partido que o apoiasse, por isso, independentemente do trabalho que estava a realizar, tornou-se descartável. Isto já não tem cura porque é o próprio sistema em que se apoia que está errado e desumanizado.

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