domingo, 28 de julho de 2013

A política e o jornalismo. Ambos a ter que melhorar!

Por vezes as verdades incomodam-nos, por serem verdades, por serem difíceis de aceitar, e por termos que fazer um esforço – se nelas não colocarmos filtros, para não acreditarmos – para mudar.

Mais ainda num tempo que tantas mudanças de fundo em todos os lados são-nos indispensáveis, mas, não passam ainda, de letra morta. Tudo, tanto, é necessário mudar, tudo, tanto, fica ainda mais na mesma. É difícil mudar.

A política que não só no nosso País, tem vindo num decrescendo de qualidade assustador, e sem dúvida os políticos têm vindo a baixar de nível, como não se imaginaria há 20 anos.

Por certo isto não é novidade para ninguém – se calhar nem para os próprios, se não andarem iludidos - e constata-se a cada dia que passa, a cada aparição que têm – qualquer um - a avanços e recuos sem a mínima cabal explicação, e com excessiva naturalidade. Tudo pela espuma da existência.
Em simultâneo o jornalismo que se dedica à política está a sofrer do mesmo problema. Falta de qualidade, muita pressa e nada bem reflectido.

Poder-se-ia pensar que se a política não tem nível, o jornalismo que no-la transmite, mesmo que qualidade possa ter, não tendo o que melhor transmitir, faz o que vem fazendo, e é indubitavelmente mau. Mas, talvez não deve ter que ser assim tudo tão linear. Dado que então, a queda não terá fim.

Talvez este jornalismo deve começar a mudar-se, já, para além do que aconteça ou deixe de acontecer na política.

E, a melhoria seria, já, deixar de se “colar” a tudo e nada que seja feito ou desfeito pelos políticos. Deixá-los a “falar sozinhos”!

Deixar de transmitir em directo e cores os passos quase indecorosos de todo e cada político, repetindo – quase que parece tradução de português para português – tudo o que cada político, ao minuto vai dizendo, contando, trocando, que é tão pouco. E passar a fazer analises concretas e correctas dos factos.

O jornalismo – político – mesmo nestes tempos tão difíceis, se começar, já, a descolar dos políticos e das suas politiquices, se os não seguir, se não lhes der a importância que de facto não têm, vai melhorar. E muito.

Se o problema está na – não – qualidade dos políticos, a - sim – qualidade do jornalismo político, ao antecipar-se, fará de si uma símbolo de vontade de mudar, para melhor.

E depois por falta de cobertura – já imaginaram os políticos a falar sozinhos? – talvez até a politica por arrasto também mude, para bem melhor, o que é indispensável. E todos ficaremos a beneficiar. Até os próprios, políticos!

Augusto Küttner de Magalhães

Julho 2013

 

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