quinta-feira, 18 de julho de 2013

Desemprego jovem e «jovem» desemprego

O desemprego jovem é uma chaga social problemática. O desemprego de quem tem mais de 35 anos é uma problemática chaga social de difícil resolução, até a nível de conseguir trabalho precário.
Estes são velhos para trabalhar, novos para se reformarem. Não admira esta calamidade social, provocada por um (des)Governo que aposta todas as fichas na descredibilizada austeridade e nas
exportações... As PME absorvem mais de 90% da mão-de-obra, estando a economia interna a agonizar, sob o selvagem lema: salve-se quem puder. A «competividade» como dizia o ministro Álvaro, a quanto obriga. Trocando a competitividade por competência ia-se expurgando o darwinismo social instalado. As PME a laborar para o mercado interno estão débeis, porque riscadas da «folha de excel» e porque não conseguem vender a sua produção em virtude da “descapitalização” imposta às famílias retirando-lhes poder de compra. A classe média a proletarizar-se agrava a situação. Acresce o residual crédito e caro, àquelas empresas. Daí, as insolvências e os encerramentos diários resultarem no drama destruidor de milhares de postos de trabalho. As estatísticas oficiais do desemprego são fotografias desfocadas da realidade. A criminosa política do «custe o que custar» e «vamos empobrecer, para depois enriquecer»(?) vai matar mais 285 mil postos de trabalho até final de 2014. O desemprego penaliza transportes públicos - comboios e metro perderam 11 milhões de passageiros em 3 meses(!).
O orçamento de Estado de 2013, contém medidas políticas... de desemprego. A cruel e desumana precariedade, o trabalho à peça, à hora ou a pagar para trabalhar (estagiários) não pode, nem deve ser a resolução do desemprego. Nem a disparidade obscena entre vencimentos dos cargos de direcção e dos trabalhadores da base (o patronato chama-lhes colaboradores...). Na Europa, os gestores portugueses são dos que mais ganham(!), enquanto os trabalhadores são quem menos recebe. Porquê? Combata-se o desemprego pela reanimação da economia interna, pela diminuição do horário de trabalho, pela competente programação e gestão do trabalho aliado à motivação, pela formação contínua dos agentes produtivos. Pelo combate ao desperdício. Pelo aproveitamento económico, das riquezas de Portugal: minérios, turismo, mar, terrenos agrícolas, termas, etc. etc.Luta-se significativamente também contra o desemprego e melhora-se a produção, pela equidade na distribuição da riqueza.
Vítor Colaço Santos

1 comentário:

  1. Para mim o emprego não é só salário mas também a colaboração do individuo no desenvolvimento da sociedade. E não é despedindo aos milhares funcionários públicos que o estado dá bom exemplo.
    Tem de haver maneira de se arranjar dinheiro para pagar salários e empregar a mão de obra nacional. Por exemplo: aqui o electrico 15 precisa que a informação das paragens esteja activada pois muitos carros está desligada/estragada. É preciso contratar técnicos para estas reparações. Também os paineis com indicação dos tempos de demora estão muitas vezesligados.
    E as repartições públicas e os CTT têm bichas de pessoas à espera de serem atendidas.
    Um abraço

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