quarta-feira, 24 de julho de 2013

Imputáveis e inimputáveis

Imputáveis fomos “nós”, povo trabalhador que gastou, abusou e sendo perdulário, viveu além possibilidades reais, comprando (a juros agiotas) dinheiro aos bancos para casa própria, carro, mota
e férias. À época, o 1º ministro Durão Barroso foi o pioneiro da famosa tanga:« os funcionários públicos são os culpados da crise»(!) Estão a ser enterrados em vida.
Atenção!, não foram os gastos dos trabalhadores que provocaram a dívida privada colossal que nos inferniza a vida. 70% desta dívida é resultante da especulação imobiliária. Só 15% resulta da aquisição de bens de consumo. Para acertar as contas da crise são (sempre, até quando?) os trabalhadores chamados a pagar até à exaustão, transgressões criminosas que não fabricaram.
O Ecofin (Conselho que reúne os ministros das Finanças da UE), divulgou novas fórmulas de «resolução bancária» não revelando que o Anglo Irish Bank custou até agora 30 mil milhões de euros ao povo irlandês. Que em Espanha, Rodrigo Rato, ex-ministro da Economia, quadro superior do FMI, terminando a sua carreira como presidente do Bankia, colocou-o na falência, custando aos contribuintes espanhóis 20 mil milhões de euros. Cá, os Costas e Rendeiros lesaram o erário público em milhares de milhões de euros com as malfeitorias do BPN e BPP. No BPN, a soma acentua-se... Confundir (querer confundir, propositadamente) tudo isto com «crises das dívidas soberanas» é um atentado à inteligência, é confundir os efeitos com as causas... Dados da Comissão Europeia dizem-nos que os europeus já gastaram 4,5 biliões de euros para salvar o sistema financeiro na Europa!! São os banqueiros e financeiros os verdadeiros inimputáveis!... Onde pára a Justiça?
 
Vítor Colaço Santos

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