quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Povo (não) é quem mais ordena

O PSD/CDS colocaram Portugal numa situação insuportável jamais sentida de descalabro social, económico e político, sendo premiados a fazerem um «compromisso de salvação nacional» com o PS que anteriormente deu mais circo que pão... O repto lançado pelo PR aos partidos «do arco do poder» é uma não solução. As políticas além troika com consequências infra-humanas para o Povo, não devia passar por serem os seus causadores a solucionar esta calamidade mortífera! Não chamar todos os partidos com assento na Assembleia da República, como fez Cavaco  Silva é amputar a democracia e não ser o presidente de todos os Portugueses, conforme se auto-definiu. Por dever presidencial e respeito pela Constituição que jurou respeitar também o deveria ter feito. Jogar com o medo das pessoas pela «vinda dum novo resgate em caso de eleições», não é política e intelectualmente sério. Estamos “a” meio ano da Grécia... e o programa de assistência financeira ou lá outro nome, chegará com ou sem eleições. É esclarecedor ver quem são «os barões» do PSD/CDS que não querem a consulta democrática. Sabemos que as eleições são para alemã ver, mas este Executivo enche permanentemente a boca «com democracia», deem a palavra ao Povo que tem pago com língua de palmo a crise que não fabricou. Têm medo da escolha do Povo!?
Vítor Colaço Santos

2 comentários:

  1. Um país na nossa situação não pode agora estar a ser cobaia de experimentalismos pseudo democráticos. Eu explico. Já demitimos em 2004 um PM que tinha apoio maioritário na AR porque a pessoa em causa sofreu umas "punhaladas nas costas" de um seu ministro, e, confessemos, era um pouco distraído nas suas obrigações, atrapalhou-se no discurso de posse, etc. Agora iríamos experimentar dissolver uma Assembleia porque o PM e o Ministro dos negócios Estrangeiros tiveram um diferendo sobre a política com a "tróica". Mas eles são chefes de dois partidos diferentes. No estrangeiro, em governos de coligação como estes, estes diferendos, birras, discussões, amuos, são normais e frequentes. São inatos ao género humano. Independentemente do resultado de eleições antecipadas, está na cara para qualquer um, não é preciso ser economista, que os custos para a negociação da nossa dívida externa seriam catastróficoa. Já estamos no buraco, com dificuldades conhecidas de todos para nos levantarmos e depois é que seríamos enterrados vivos. A não ser, como alguns pretendem, estilo BE e PCP, que passássemos a ter relações diplomáticas só com a Coreia do Norte, Cuba, Irão, Venezuela, depois de sermos expulsos da UE. Eu até nem nunca fui defensor do Euro, mas prefiro este do que navegar em "águas" de paíse párias do chamado mundo civilizado. E para terminar. Mesmo que o PS ganhasse com maioria absoluta as eleições, mudava alguma coisa, ou só as moscas? Peço desculpa de "qualquer coisinha", mas há 40 anos que ando à espera da tal democracia que me prometeram em 25A, e se a direita tem sido incompetente, é verdade, o PS nada fez de melhor, e a extrema esquerda (BE e PCP) só sonham em pôr no Campo Pequeno todos os empresários e gente da classe média alta, tudo o que ganhe mais do que o salário mínimo nacional. Para essa gente, ter património ou algum dinheiro a mais é crime. Todos pobres, todos miseráveis, sob uma direcção totalitária e forte. Tal como Salazar gostava.

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  2. Ordenar, nem sempre é ordenar bem. O povo, conjunto heterogéneo de almas e corpos pensantes, é demasiado complexo para tomar as melhores decisões. Toma as possíveis, no momento, por instinto de sobrevivência. Em democracia os equilíbrios dos prós e contras são constantes, só que a regra é respeitar a maioria, mesmo com diferença mínima, para que haja alguma ordem. Mas nem sempre as maiorias estão certas e, às vezes, decidem contra os interesses da generalidade do país, bastando que um orador razoável os influencie. É a organização social que temos e com ela nos temos de governar.

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