sábado, 10 de agosto de 2013

SIMPLES COINCIDÊNCIA?


A desilusão
Vasco Pulido Valente
Edição Público Lisboa
ago 9 2013

ODiário de João Chagas, publicado postumamente depois do “28 de Maio”, é um dos melhores livros de memórias políticas de uma literatura que não se distingue no género. Chagas tinha sido um dos participantes na tentativa de revolução de 1891, degredado... leia mais...





Na edição de 9 de Abril de 2013 do jornal "Público" em que foi publicada a minha "Carta" sobre "Já cheira à I República", o conhecido colunista Vasco Pulido Valente publicou um artigo sobre o mesmo tema, comparando a actual República, com a I República. Será uma simples coincidência, ou de facto se confirma a deriva em que o nosso País está a mergulhar? Já passaram mais de 39 anos, do dia em que tudo nos foi prometido, e o que temos hoje é uma Justiça indigna, partidos que pouco mais são do que uma corja, o serviço público é cada vez mais desconsiderado e desprezado, a corrupção nunca foi tão grande, a falta de respeito por toda a forma de autoridade, desde um simples professor até uma qualquer farda, nunca foi tão grande, a ética e os mais elementares princípios do pudor e da decência humana nunca foram tão baixos, a insegurança de pessoas e bens é brutal e há no ar uma desagradável sensação de incerteza sobre o futuro do País. Pouco faltará para muitos começarem já a pedir uma qualquer forma de ditadura razoável, competente e séria, para trocarmos esta "democracia", em que votamos de 4 em 4 anos, para eleger uns quantos indivíduos das "nomenclaturas" partidárias, que no próprio dia da votação nos cospem em cima, com o maior desprezo pelas promessas eleitorais quebradas. Democracia com este povo, só resulta em anarquia, corrupçao e insegurança de pessoas e bens. Haja alguém que nos governe! Os únicos períodos em que tivemos desenvolvimento foi em ditadura, monarquia ou na II República, ou Estado Novo, como preferirem. Triste sina, só lá vamos com o cacete brandido!

2 comentários:

  1. A indignação dos portugueses honestos vai crescendo hora a hora. É inacreditável como podemos chegar a esta mísera situação e que, aqueles que vivem à nossa conta, e que deviam tomar medidas para travar este desastre, não o fazem, por incompetência ou por compromissos alicerçados em negociatas que vêm do passado. Os sérios e íntegros vão pagar todo este descalabro, porque os "espertos" criaram um sistema jurídico em que podem fugir pelas malhas grandes. Amanhã, estará pior que hoje, e só uma inversão de políticas poderá atenuar os prejuízos. Não é essa conversa de esquerdas ou direitas que deve estar no tabuleiro, mas a das competências e amor aos valores que devem ser o esteio da sociedade mais justa. Na Assembleia da República, da esquerda à direita, ninguém quer perder privilégios nem mudar a partidocracia, pois na realidade os deputados representam os partidos e não o povo, pois nem têm o direito de votar em consciência, mas de acordo com a orientação partidária. Isto é uma miséria e esta epidemia não tem cura.

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  2. Durante estes últimos 40 anos os partidos conseguiram bloquear o regime. De um ponto de vista legal, isto já lá não vai, porque eles dominam claramente a Assembleia. Só as forças armadas podem (novamente) safar isto. Claro que durante um ou dois anos seríamos uns "párias" da UE, isto se a mesma ainda existir. Mas continuarmos a apontar para o fundo do abismo será muito pior. Não vejo outra solução. Mesmo que agora aparecesse de novo um qualquer Professor de Coimbra, sério e com vontade de dar a volta a isto, os partidos não descansariam enquanto o não destruissem, porque o sucesso deste terceiro seria uma derrota para o "sistema". Estou muito pessimista...

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