sábado, 21 de setembro de 2013

o melhor é estarmos caladinhos

O que o prestimoso ministro do ambiente afirmou a respeito das críticas do seu correligionário partidário ao cinismo institucional (penso terem sido estas as palavras lavradas por Marco António) do FMI (e, por arrasto, da Troika), aconselhando-o a navegar em águas mais calmosas, diz mais sobre o Governo do que dele próprio. Ou seja: é neste não criar ondas, nesta aceitação das imposições aritméticas, nesta escola do bom aluno que Passos Coelho e Gaspar (este já foi, como sabemos), coadjuvados por outros doutos conselheiros, emergiram toda a sua estrutura de ação governativa. Neste sentido, ninguém melhor que o despovoado Passos Coelho para receber, ab integro, todo este formulário experimentalista neoliberalizante. O sr. Jorge Moreira da Silva mais não é do que uma voz feito importante pela nossa comunicação social. O que ele disse (e já agora, a tosca resposta de Marco António, com essa coisa de ter mais liberdade de expressão agora que já não está no Governo, serve também como exemplo de uma perfeita tontearia) é, no fundo, o resultado do que tem sido a ablepsia política desta gente, com pesadíssimos e complicadíssimos resultados para a vida das pessoas. Vi, por acaso, no dicionário, uma máxima latina que resume tudo isto: quidquid delirant reges, plectuntur Achivi.

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