segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Emigrem, enquanto é tempo.

Será este o discurso de fim de percurso – que é o que nos está a acontecer - que teremos que passar a ouvir, e por certo, também, a dizer: Emigrem, enquanto é tempo!

Emigrem enquanto têm idade de o conseguir fazer, de arranjar trabalho “lá fora”, que isto “aqui dentro”, vai em declínio continuado.

Emigrem, dado que ninguém “cá dentro” tem – e deveria ter - sequer explicações, quanto mais soluções para o presente e para o futuro, e os poucos que possam ter, como não estão directa, nem indirectamente ligados ou coligados, com os permanentemente “instalados”, ou são mandados calar, ou nem chegam a falar.

Emigrem antes de terem sessenta anos, dado que partir “daí”, acabou, qualquer oportunidade por mais pequena que possa – pudesse- ser, deixou completamente de existir.

Emigrem dado que os políticos, todos, todos deste nosso País, não querem desinstalar-se, das governações, de todas as oposições, de mordomias, de regalias, nem um, pelo que nada vai melhorar, quando para manterem o que têm, vão piorando o pouco que nós “ainda “ temos, tínhamos.

Emigrem dado que o País está a enlouquecer,- a previsão é que em 2040 quase metade da população que cá estiver está louca – e evitam fazer parte dos que ainda lá chegarem.

Emigrem para não terem que ver os vossos pais, avós, e restantes familiares mais velhos, sem alternativas, sem futuro, sem comida, sem aquecimento. A morrer, por nada ter.

Emigrem, enquanto é tempo!!!

Augusto Küttner de Magalhães

Outubro de 2013
( HOJE NO PÚBLICO,  isto é mais uma provocaçao que uma vontade, excepto quanto aos politicos, instalados).

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