sábado, 12 de outubro de 2013

O regresso à penúria de 60/70 do seculo XX


Muitos dos que já por cá andamos tem décadas, e que nos anos 60/70 do seculo passado – e antes – vimos fome, sentimos pobreza à nossa volta, maus cuidados de saúde, existência de muito poucas reformas/pensões e as que existiam eram pagas durante pouco tempo, dado as pessoas morrerem rapidamente, estamos a ver tudo regressar, voltar atras e rapidamente.

Este nosso país sempre teve altos e baixos, sempre teve maus e bons tempos, e más governações e nunca aprendeu com a história, nem com a memória. Esqueceu!

Todos somos peritos em olhar em frente, pensando que não houve passado.

Claro que a vida faz-se no presente, virados para o futuro, mas, antes, aconteceram tantas coisas, boas e más. Quantos se lembrarão que se alguém ficasse gravemente doente em casa era tremendamente difícil conseguir uma ambulância para o transportar ao hospital. A não ser que fosse rico! Quantas vezes se usou o esquema de colocar o moribundo na rua, e dando o aspeto de acidente ou queda na rua, mais fácil seria vir uma ambulância.

Quantos nos lembramos de apanhar uma valente molha – andava-se muito a pé ,com chuva ou sol – e ter que secar os sapatos, dado outros não ter para usar no dia imediato de manha. E até calças!

Bem, quem se não lembra ou quem não imagina que “isto” por cá aconteceu, tem “isto” tudo à porta, que vai sendo aberta até ficar totalmente escancarada e tudo regressar.

Será mau, muito mau!

Mas por outro lado, quantos nos lembramos que haviam poucos presidentes disto, daquilo daqueloutro, diretores gerais, adjuntos de tudo e de nada, e que os poucos que havia não tinham que ter automóvel, motorista, mordomias e mais mordomias, para além do vencimento.

Quantos se lembram que se poupava em gasolina e no uso do automóvel ao tostão. Fosse nosso ou emprestado!

Quantos se lembram que não se deixava em casa, nem em qualquer outro local luzes acesas em locais que não estivéssemos a ocupar.

Quem não se lembra ou não viveu “isto”, vai ter “isto” cá em breve.

É que “isto”, estas ultimas linhas, até nem é nada mau, ao contrário das primeiras aqui descritas.

Mas, poder ser que tenhamos em força , também com o muito mau ter que aguentar, e vai retornar a penúria dos anos 50/60 do seculo passado.

Demos um salto grande demais para a perna em muito pouco tempo e sem consistência. Esperemos não ficar muito, muito mal! Outra vez!!!! Mas…..|

Augusto Küttner de Magalhães

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