segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sem consensos, espera-nos a Ditadura

Estamos a viver tempos demasiado turbulentos, e quem poderia ter alguma possibilidade em evitar o trambolhão final, faz sempre e cada vez mais, parte do problema e nunca da solução.

Muitos dos que se acham senhores da obstinação, nunca viveram em ditadura, logo não sabem como foi, e muitos – demasiados – dos que a viveram, hoje, num tempo em que se faz tudo para esquecer a História e não haver Memória, entram no esquema mediatizado global, de esquecer o passado. Parece que o passado começou, faz dois dias!

Quando se vislumbra uma pequena possibilidade de negociação de acordos, a necessidade de “meter” os média ao barulho e a ansiedade destes de “já” lá estarem, faz com que se tenha que ir sempre do contra, “numa do não”, mesmo antes de haver dialogo ou triálogo. É só monólogo!

E, assim, temos partidos/movimentos que se não estiveram nas Oposições desaparecem, logo nunca podem negociar, para não acabar.

Depois temos o “raio do arco da governação”, com instalados deslumbrados com os seus umbigos e que não negoceiam para não se desinstalaram, para não perderem o lugar, para não se conciliarem. Era o que mais havia de faltar.

A nível de topo do País, não há carisma, logo o poder de influência, o poder de cativar, de ajudar a negociar, se algum dia terá existido, hoje está pela “rua da amargura”.

Se a ideia for continuarem todos de costas, feitos amuados e convencidos para não perder privilégios, próprios e únicos, vai acabar. A mal.

E que acabe mal para eles “lá de cima”, já é de nenhuma importância dado terem ajudado sempre à confusão e esquecido a população.

O grave é que o caminho traçado vai acabar mal para todos nós, e quando nos cair uma ditadura em cima, com uns salvadores tipo Hitler, Pinochet, Mussolini, Estaline – há mais! -, levando o país ao paraíso, vai ser mesmo a doer e acaba-se, aí, qualquer hipótese de conciliação, será tardia e impossível. Será tarde.

Haverá camaleões que passarão de democratas a vassalos da ditadura, mas não serão todos. E vai ser muito mau e já esteve mais longínquo.

Augusto Küttner de Magalhães

Outubro 203

( DN de  27.10.2013, com outro titulo)

2 comentários:

  1. Para nosso mal, ou seja para mal do nosso país, este pessoal que tem as rédeas do poder na mão e o que lhe é próximo não têm a noção do bem comum, nem da realidade que vivemos. Gente sem capacidade de visão para lá do muro e por isso não se entendem e, em primeira instância, o país perde o prestígio e a independência.
    Só estão interessados nos aparentes benefícios imediatos, para si e seus comparsas, e não percebem que o barco já não aguenta tanta carga de sacrifícios e vai ao fundo. Num esforço comum, talvez ainda se pudesse calafetar as brechas do porão. Com gente pouco inteligente e nada sabedora a reparação não se fará. É preciso outras regras de comando e uma tripulação mais audaz.

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