sábado, 9 de novembro de 2013

Cogitações sobre três casos da nossa existência colectiva


 1 - Numa hipocrisia sem fim, nos últimos dias, tem andado nas bocas do mundo, pelo pior sentido, a vida íntima de um casal muito conhecido; a senhora, do meio televisivo; o cavalheiro, do mundo da política.

É que, segundo sabemos através de órgãos da nossa Comunicação Social, a sua comum vida conjugal terá chegado ao fim, mas eivada de muita tormenta no fim de tal caminhada a dois.

E, nesse caso, ou em outras situações semelhantes, nenhum dos intervenientes sai vencedor. Todos perdem.

Mas, os maiores perdedores, são os filhos, quando os há.

Nada, nem ninguém, os irá compensar do que perderam e que jamais virão a alcançar.

Outros bons e promissores dias poderão surgir no horizonte das suas vidas, contudo a mácula de uma noite de escuridão profunda permanecerá para sempre por quem a viveu, sofrendo.

 

2 – Quando observo, em andamento, uma viatura descaracterizada, sobretudo com vidros fumados, mais escuros do que o breu, dou logo comigo a pensar: quem será que vai lá dentro? Será que não quer ser observado, e porquê? Será um ser impoluto ou será um malfeitor?

Quem será? Eu, não sou!

 

3 – Numa sociedade cada vez mais predestinada para a sua própria extinção, as catedrais de consumo, desde que se instalaram na vida de todos nós, oferecem (vendendo) algum conforto, misturado com muitíssimas coisas supérfluas e até de completa alienação mental, relegando para as calendas gregas as então muitíssimo visitadas catedrais de devoção e de culto.

Isto é, por ‘dez réis de mel coado’ as nossas almas foram sendo paulatinamente hipotecadas pelo demónio, tal como os nossos desgovernantes pátrios têm feito connosco, delapidando totalmente a ‘pesada herança’ herdada, a qual foi herculeamente amealhada pelos nossos antepassados egrégios avós.

 

José Amaral

 

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