terça-feira, 26 de novembro de 2013

em 'O Livro em Branco' - 17 (continuação - pág. 29)



olho da janela

 olho da janela

aquela terra,

que me rodeia.

 

vejo-a

através da persiana

em gomos intragáveis.

 

sinto vómitos de tudo

nessa terra

prenhe de seres-ideias,

que têm lágrimas de espera.

 

sinto que choram

em noites quentes

seus sonhos

são monstros de gelo,

que povoam suas vidas

em pedaços de tempo.

 

olho-os, sentindo

como eles

vómitos de tristeza

e lágrimas de tanta espera.

 
nota: mais um poema dos ‘tempos’ da guerra colonial.

 

José Amaral

 

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