domingo, 29 de dezembro de 2013

«E porquê Zeinal Bava?»


Muitos Parabéns pelo 149º aniversário do DN!!
João Marcelino cedeu o seu «lugar» a Zeinal Bava por um dia nesta edição comemorativa. Um pouco surpreendida pela escolha do diretor convidado, interessei-me, contudo, pelo Editorial assinado pelo presidente executivo da OI e da «sua» PT.
Os temas que Bava quis propor para reflexão foram:  a importância da educação - que deve ser um investimento do país - e a  informação.  A primeira é a revolução mais importante em que, segundo ele, todos temos um papel a desempenhar. A questão é «como aprendemos e como ensinamos». Nada de novo é ter dito que «a educação é o futuro e investir na educação é investir no futuro do País.«
Não concordo com Bava quando este diz que é preciso «virar a sala de aula ao contrário e centrar o ensino em cada aluno (…)». Há muito que o aluno é o centro do processo. E «virar a sala de aula ao contrário» o que significa concretamente, sr. Engenheiro?
Já quanto ao tema da informação, concordo plenamente: somos cidadãos digitais e a informação tem que ser vista como «matéria-prima». Quando bem utilizada «transforma-se num potencial de desenvolvimento individual e coletivo como nunca assistimos na história da humanidade».
E por falar em história… penso na história da relação entre jornais e leitores em Portugal! O leitor de há quase 150 anos nunca na vida podia imaginar que algures no futuro, no final do séc. XX/ início do séc. XXI, os leitores pudessem digitar uma carta num aparelho fantástico como um PC e,  num segundo,  fazer chegar «a sua voz» à redação do DN, a quilómetros de distância do ponto onde quer que ele se encontre!! Fantástico!
(Já agora: foi opção do diretor por um dia, não se manter o habitualíssimo espaço para as cartas do Leitor? Não foi bonito. Em dia de aniversário convidamos os amigos e não há amigo mais próximo que o leitor que escreve em resposta, em reação ao que o jornal comunica.)
Zeinal Bava termina muito bem a sua «carta»: temos muitos motivos, como nação, para a confiança e é «tempo de todos nós acreditarmos que a melhor maneira de antecipar – e de não temer – o fututo é inventá-lo».
Suponho que a frase por demais inspiradora de Alvin Toffler que encabeça lindamente esta edição terá sido escolhida pelo próprio multimilionário e tomá-la-ei como um lema para 2014: “O futuro é construído pelas nossas decisões diárias (inconstantes e mutáveis), e cada evento influencia todos os outros”.

2 comentários:

  1. Num dia de aniversário é bonito e rentável escolher um milionário para as comemorações. Um pobre, mesmo que fosse filósofo, numa época como a que vivemos, destoaria. O Eng. Bava representa um grande cliente do jornal. As cartas dos leitores, quase sempre com reclamações, não seriam oportunas no festim. É o mundo que temos e é nele que temos de viver, embora lutando sempre, e sempre que necessário, contra a corrente. A luta contra as injustiças é o nosso certificado de vida.

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  2. Gostaria de poder estar no consciente, ou subconsciente, do Eng. Bava e saber se para ele chegar ao lugar que ocupa se é por direito próprio ou se teve que "calcar" muitos seres humanos na sua ascensão meteórica.

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