terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NATAL 2013. QUE NATAL?


Naquele tempo, Portugal gozava muitos feriados e por isso não produzíamos o suficiente caminhando para a bancarrota. Até que, uma universidade canadiana fez questão em colaborar e enviou-nos para ministro da economia o Álvaro, pessoa dotada de grandes ideias como se lembram. Como tempo é dinheiro, apressou-se em apresentar aos deputados da AR o projecto de suspensão temporária "in aeternum"de quatro feriados. Como somos um país maioritariamente católico (e nestas coisas de feriados até os ateus e agnósticos se misturam) o dia 25 de Dezembro escapou e manteve-se feriado. Como sabemos, trata-se dum festejo que começa na véspera com a família mais chegada reunida à volta da mesa com os pratos tradicionais mais apreciados e destinados aos adultos, as guloseimas para os mais jovens e à hora tão ansiada pelos mais pequenos a azáfama da abertura das prendas que o Pai Natal traz como prémio de bom comportamento. Porém, como este mundo está cheio de Pilatos, Herodes e Barrabás (es) travestidos de políticos e economistas que olham apenas para o próprio umbigo, os resultados estão à vista nas reportagens de tudo que é órgão de informação que mostra esta triste realidade, que apesar da solidariedade popular através de várias ONG e a colaboração fantástica de voluntários, ajudam a disfarçar tanta miséria sem esquecer a encoberta de muitos que até há pouco tempo eram famílias sem problemas. Não sou descrente, mas desculpem o desabafo: será possível que em muitos, mas mesmo muitos lares, celebrarem o nascimento de Jesus? Um Natal sem ostentações é o que vos peço e que tenham respeito por aqueles que nada irão ter. Um feliz 2014.        Jorge Morais



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