quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Agora, não tenho vagar


Não, agora não tenho vagar
Algo de importante está à minha espera.
Eu sei que é importante,
E, contudo nem sei onde o lugar.

Pode ser na próxima esquina,
No Largo da vila,
Ou numa cama hospitalar.
Mas eu sei que está à minha espera.

Foi um encontro marcado há longo tempo.
Por vezes, esqueci-me desse compromisso.
Mas agora,
Que me esqueço com mais facilidade,
Desse encontro inevitável
Tenho sempre memória

Porque não posso faltar à palavra dada.
O acordo deu-se num momento mágico
Num tempo em que eu nem falar sabia
Mas fui nascido e criado num tempo de palavra.
E mesmo que assim não fosse,
O fim é sempre inevitável.

Há acordos que têm de ser sempre cumpridos
Mesmo por aqueles que nunca tiveram palavra


Joaquim Carreira Tapadinhas, Montijo

3 comentários:

  1. Muitas belas palavras escritas em que os acordos têm de ser cumpridos.
    As minhas cordiais saudações.

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  2. O tempo de hoje não é de palavra! Quando muito é de paleio... Gostei muito, abraço

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