quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Crianças ... e empregos?


Todos os dias somos alertados, por várias entidades, para o tão baixo número de nascimentos em Portugal. E alguns especialistas alertaram mesmo para a possibilidade de a nação portuguesa se extinguir dentro de umas décadas. É preocupante também o número crescente da percentagem de idosos nos 10 milhões que parece que ainda somos, sem perspectivas de percentagens equilibradas de mais jovens na população deste País..
Esta falta de nascimentos resulta da falta de expectativas que o cidadão trabalhador tem na criação de empregos, e a instabilidade dos empregos existentes. A modernidade dos nossos governantes é a mobilidade, a disponibilidade e acabar com empregos para a vida. E também o empurrar para a emigração levando a que muitas das nossas crianças saiam também de Portugal.
 Estas realidades sem incentivos ao investimento sério nas indústrias de proximidade, sem  politicas de combate à desertificação, apostando no reduz-reduz despesas e no fecha-fecha escolas e serviços públicos, desactiva até linhas de comboios – leva a que os jovens responsáveis não se aventuram a ter filhos nesta sociedade cada vez mais desumanizada e insensível e sem família não há crianças.
Apesar de alguns discursos “que estamos no bom caminho” continuam as noticias alarmantes sobre o fecho de unidades produtivas, dos despedimentos colectivos para já não falar da importação de bens que podiam ser aqui produzidos se houvesse um melhor aproveitamento das terras e da produção agrícola. Ah! e o mar! E também a industria pesada como a construção de navios. E as nossas minas? Depois são as noticias da má gestão do governo que apaparica os bancos, protege as fortunas e clãs, emprega com frequência nos seus gabinetes jovens de carreira partidária, não castiga os faltosos e aprova leis contra os trabalhadores, que cria regras que limitam a contratação de pessoal como acontece com os enfermeiros, auxiliares nas escolas, pessoal autárquico, forças policiais e muitos mais exemplos.
Uma nação tem de ter povo, esse povo é feito de famílias e crianças para mais tarde serem idosos que vão passando as memórias. E sem memórias não haverá futuro sustentável.

Clotilde Moreira 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.