quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

em O LIVRO EM BRANCO (página 41)


comendo fome
 
Estava um dia sentado
Nos braços do pensamento
Quando por mim dei
Vendo voando o tempo
Qual perdida folha
N’abrupta tormenta
Do quotidiano de tanta gente,
Macilenta, mascarada de fome,
Vestida d’horrores,
Ao sabor de falcões
Em fúria de dilúvios.

 Caí dos braços do pensamento,
Tombando no meio dessa gente,
Vestida d’horrores,
Cansada da vida,
Comendo só fome.

 José Amaral

 

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