quarta-feira, 26 de março de 2014

Filhos ou robôs?

FILHOS OU ROBÔS?
PPP’s PARA A NATALIDADE!
Logo após o alarme do cidadão Cavaco Silva, Presidente da República Portuguesa, vincando a necessidade de se fazer filhos, manifestei a opinião de que a situação é quase irreversível.
Disse eu que amor para fazer filhos havia, mas o que dão muita é despesa: Vejamos:
 

1º A cada vez mais inserção de modernos processos tecnológicos na produção de bens e serviços, através da automatização e robotização, leva à dispensa, cada vez mais em maior número, de braços!
 

2º. Cada vez mais há mais oferta de produtos, ditos desenvolvidos para o bem-estar social, que induzem à necessidade da sua aquisição. Todavia, para os obter o rendimento normal dum só membro do casal não satisfaz as necessidades financeiras para a sua compra. Assim, paulatinamente, a mulher foi saindo do seu primordial papel materna, para acompanhar o marido nas jornadas laborais, e assim, deste modo, conseguirem mais fundos financeiros para obterem os tais bens, quase já tidos como de primeira necessidade!: Televisão, Internet, Telemóvel, Férias, almoçar fora, ir ao cinema, etc. etc.
 

3º Os países ditos desenvolvidos tem redução de natalidade, veja-se o caso da Alemanha, donde ressalta que o desenvolvimento leva à redução dos alemães; "Taxa de fecundidade: 1,41 filhos por mulher (estimativa 2011). Índice de Alfabetização: 99% da população (estimativa 2003)"
 

“A taxa de natalidade em Portugal foi de 8,5 por mil habitantes, o segundo nível mais baixo entre todos os países da União Europeia. Só a Alemanha apresenta um nível inferior, de 8,4 por mil habitantes, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat.” 

Em Portugal, com toda a sua precarização de trabalho e condições de desenvolvimento, não se auguram fatores de recuperação nos índices de natalidade!
 

4º Hoje, com a incerteza de emprego e da sua estabilidade, com a apregoada ameaça de que um emprego não é para toda a vida, os casais, embora façam amor não o estendem à procriação de vindouros. em face das previsíveis dificuldades sociais. Como é que se pode perspectivar cada casal ter três filhos, em média, para assegurar a recuperação da taxa de natalidade de portugueses?! Como, se as políticas liberais vão mais no sentido de cada um tratar de si sem que ninguém queira saber de tratar de todos?!
 

5º O que se verifica, neste desenvolvimento desenfreado, com todos a quererem obter bons resultados económicos e financeiros esquecem-se de que para haver futuros consumidores a jusante é preciso quem se preocupe em estimular a sua produtividade a montante, ou seja: criar condições sociais para que as mulheres, querendo ser mães, possam ter filhos com o mínimo de garantia do seu desenvolvimento na sociedade.
 

Já que o Governo recorre a Parcerias Públicas Privadas, (PPP,s), para tudo e para nada, então que crie, também, parcerias públicas privadas com casais para o aumento da natalidade! Não seria isto um serviço público, para a recuperação da natalidade. Ou estão à espera de que os filhos apareçam só por obra e graça do Espírito Santo? Deixem-se de hipocrisias. Filhos ou robôs? Escolham.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

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