quinta-feira, 10 de abril de 2014

Dissertação sobre pilaretes

Há coisas mais importantes que dissertar sobre pilaretes, dirão alguns. Mas os pilaretes semeados a torto e a direito no nosso espaço pedonal demonstram que a maior parte das pessoas não cumpre regras simples de cidadania. Temos de ressalvar que ás vezes é mesmo preciso prevaricar… mas é só às vezes.
O que acontece desde há muito, é que ninguém cumpre essas regras de cidadania e como também não há intervenções para a sensibilização dos prevaricadores, nem autoridade que os meta na ordem, no caso de estacionamentos errados, acerta-se este mau comportamento com a colocação de pilaretes e a mobilidade fica obstruída com estes “pauzinhos” de metal.
Há em alguns casos em que esse acesso é impedido por bolas ou cubos de pedra relativamente baixos que complica a mobilidade de quem vê mal.
Porém há um lado bom: refiro-me aos postos de trabalho que as empresas fornecedoras asseguram e até as receitas dos fornecedores dos materiais. Fabricam-se os materiais para os pilaretes, sejam de pedra ou de metal, terminados a direito ou arredondados como bolas. Uns são pintados ou ficam assim acinzentados. Depois há o transporte para se satisfazer as encomendas e depois os trabalhadores que os espetam nas bermas dos passeios.
E também temos de reflectir sobre a constante manutenção daqueles que ficam inclinados – quando muitas vezes caídos no chão -  pelo encosto de carros e camiões nas suas complicadas manobras. Se olharmos para isto como ocupação de mão-de-obra haverá, talvez, um saldo positivo na sua utilização.

Ainda falta dissertarmos sobre os que se podem retrair que em muitos casos são mesmo arrancados por quem não tem o código para os encolher.  

Jornal Costa do Sol - Oeiras em 9/4/2014

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