sexta-feira, 9 de maio de 2014

A Voz da Girafa: Magnanimidade política!

Boa noite, caro Silvino, li o seu texto "Magnanimidade política" e de facto tem razão em relação ao caso concreto dos auto aumentados deputados, porém quanto á forma mais ou menos radical com que diz ir manifestar o seu descontentamento nas próximas eleições, (sinceramente acho-o incorrecto, mas quem sou eu?) Mas se acaso eu tivesse a coragem de tomar uma atitude similar, primeiro criticaria o partido em que acreditei e votei, porque era desse que esperava seriedade,e então como me desiludi-se (agarrando num termo que usou), diria:" Caguei para o partido em que votei !" Isto porque afinal se não fosse esta maioria do "Arco da Governação" os outros partidos e seus deputados não conseguiriam aprovar tal aumento, estou certo ou estou errado, como diria o outro?

4 comentários:

  1. Caro Arlindo. Se é que tenho ou projeto alguma identidade política essa é tida como de esquerda. Costumo dizer que sou um socialista de ideais não de partidos! Para mim o bem, o interesse coletivo de todos deve sobrepor-se ao interesse individual.Não me admirará que depois da água privatizem o sol e o vento.Depois de desativado da TAP, onde, algumas vezes, fui o coordenador da Comissão de Trabalhadores, na sua Sub-Ct do Porto, Cheguei a ser convidado para integrar o P.S, mas nunca aceitei porque quis sempre preservar a minha liberdade de consciência. Porém, já depois de reformado aceitei integrar, como independente, na lista do PS para a Assembleia de freguesia de S. Pedro da Cova, onde após dois anos renunciei ao mandato. Não tive pachorra entre o ouvir dizer e o fazer. Não alinho na política do Frei Tomás; olha só para o que ele diz mas não para o que faz! Quando dei por mim, sendo independente era o líder da bancada, pelo trabalho que produzia e pelo que exigia. Cansei-me de ver políticos só para a fotografia. Mais tarde fui convidado, novamente, para integrar a lista do PS, desta vez à Câmara de Gondomar, mas não aceitei! Certo que tenho sempre votado, a nível nacional, no PS, mas, infelizmente, devido à evolução das interdependências políticas mundiais, hoje a força da esquerda muito fraca, cada vez mais evoluindo para o centro e este ainda mais para a direita e para o ideal supremo de dominar a pirâmide financeira mundial, com toda a base a trabalho precário e a recibos verdes. A democracia, no estado em que se encontra, serve apenas, na minha opinião, para como guarda chuva legal impor políticas ditatoriais, quase sempre ao contrário do que previamente prometeram para serem eleitos. É neste quadro que já vejo diferença entre esquerda e direita, Eu, se fosse deputado, nunca votaria a favor de aumento próprio. Aliás, foi essa consciência, de que fosse membro partidário teria de obedecer à disciplina imposta. Ora eu, analiso uma questão per si e procuro ser socialista na solução; dentro do interesse socialista, não de palavras, mas de ação. A foto não é minha. Limitei-me a colocar uma cruzinha em cada partido, porque se foram unânimes em votar os aumentos, eu também vou ser magnânimo dando uma cruz (para os enterrar a todos).
    Sim, tenho votado socialista, e continuarei a votar quando o PS passar por uma ETAR, porque, ultimamente, tem andado a meter nojo, como os outros! Esta é só a minha opinião, nada mais. Cada um é livre (até ver) de votar em quem quiser. Agora, ironizando um pouco. evoluí tanto, estou tão contente com os partidos que até vou votar em todos! Bom fim de semana para o amigo

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    1. Amigo Silvino desde já obrigado por se dar ao trabalho de responder ao texto que lhe enviei e parabéns pelo seu percurso político e o qual (para que não haja dúvida) muito respeito, porém na explicação que dá, para o facto da tal falta de força da esquerda, na minha opinião, ela deve-se ao facto dos partidos socialistas terem abdicado de certos princípios, tanto na França como em Portugal (aliás como eu disse já) se ouvir falar João Soares (PS) na TV, ele gaba-se de ser um verdadeiro Social-democrata, tal como dirá Passos Coelho ou Pacheco Pereira . Mas desculpe-me esta minha insistência, mas a verdade é que se esqueçeu (?) de comentar a acção do PS (nos tempos em que acreditava nele) sobre a sua responsabilidade nos ataques á reforma agrária, dos assassinatos a tiro por forças da GNR e da PSP, quando o PS era Governo e quando a Católica (já falecida )era 1º Ministra. Poquê tanto silênciamento de um partido que gosta tanto de falar em direitos humanos, e ignorou-os cá dentro? E a corrupção, viagens fantasmas, BCP, BPN, Caso do Sucateiro,tudo isso não o levou a desacreditar em quem votava e agora que cometeram uma ofensa ao povo, mas apesar de tudo nada comparado com a corrupção e os crimes que permitiram em nome da lei não o repugnou na ocasião? Eos contratos a prazo? São leis do PS sem importânçia? Não quero de maneira nenhuma ter a presunção de o" presentear" com moralismo, mas por amor de "Deus"! Como foi possível ter acompanhado um partido que em nome (durante muitos anos) do socialismo foi dando machadadas nos direitos dos trabalhadores em concertação com a UGT e direita? Claro que tem todo o direito de votar em quem quizer(foi para isso que muita gente sofreu prisões, perdeu empregos etc, etc. Mas o que está em causa neste caso é apenas uma questão de honestidade intelectual e reconhecer que de facto não é justo, dizer-se que os partidos são todos iguais. Mas será que aquilo que apontei ao PS e ao PSD é mentira? Os assassinatos são invenção minha? e se é verdade porque se calam? Ó neste país a coragem só existe quando se trata de deitar abixo os "comunas"? Por agora é tudo e continuação de uma boa semana.

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  2. Amigo Arlindo. Estava eu quase a acabar uma resposta ao seu comentário, quando, de repente...puff. Apagou-se tudo!
    De qualquer modo, compreendo-o, perfeitamente. Mais tarde falamos. Mas, tenha sempre em atenção, que sou socialista de ideais, não vinculado a comportamentos de partido ou pessoais não socialistas, em liberdade.Além do mais procuro exercer a ética republicana. Reconheço e conheço muitos socialistas, que têm dificuldade em o ser dentro do PS. Por essas e por outras é que eu nunca quis filiar-me. Sou uma espécie de socialista, por conta própria.
    Bom domingo,

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    1. Amigo Silvino, não há crise quanto ao seu apagão ou puff, também já me aconteçeu e mais do que uma vez, até porque nem imagina o artolas que sou a lidar com esta maquineta (computador). Quanto ao s nossos comentários julgo que ambos já esclarecemos as nossas posições idiológicas e por isso acredito sinceramente quando diz que é socialista de ideais. . Quanto ao ser uma espécie de socialista por conta própria, poderá ser até muito romãntico, tal como um "franco-atirador" mas em política isso servirá muito pouco. esta é a minha visão da maneira de fazer política, pois acredito mais no trabalho colectivo. Ah! estava-me a esquecer esta nota: Acredite que pelo facto de estar filiado num partido (veja ao que chegou isto, já há quem tenha medo ou vergonha de o afirmar. Eu não.Tenho muito orgulho nisso) e sinto-me tão livre ou mais, do que muitos, até porque a verdadeira liberdade, também se conquista com o conhecimento que se pode adquirir com a militância política, dentro ou fora dos partidos. Não acha? Fique bem, com um abraço amigo.

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