quarta-feira, 28 de maio de 2014

O ATAQUE DOS LOBBIES AO SNS

         Ao mesmo tempo que se reduzem as comparticipações do Estado nos medicamentos para asmáticos ("bomba" para respirar) e nas próteses ortopédicas, ao mesmo tempo que as vacinas que previnem o papiloma humano, o cancro do colo do útero, a hepatite B e as bactérias que provocam a meningite e a pneumonia perdem totalmente a comparticipação, como se não bastasse, o ministro da Saúde anunciou que vai aumentar as taxas moderadoras no SNS.
        Estas decisões são inadmissíveis, pois vão pôr em causa o estado de saúde dos doentes, a prevenção e o tratamento das doenças, além de serem anti-constitucionais, visto que o artigo 64º da Constituição da República Portuguesa diz:
"1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover."
"3. a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação."
        Segundo António Arnaud, que foi elogiado pela OCDE e a ONU por ter implementado o Serviço Nacional de Saúde: " O Estado português obrigou-se a cortar no sector da Saúde 500 milhões de euros. O ministro da Saúde começou por dizer que se ia cortar 800 milhões de euros e depois falou em mais de mil milhões". E afirma que se Paulo Macedo desorçamentar em  mil milhões de euros o SNS, fa-lo-á por razões ideológicas e não por necessidade ou compromisso e o seu "objectivo será o de desviar as classes médias para fazerem seguros de saúde".
        Sabiam que o ministro da Saúde foi administrador da Médis (supostamente, continua a ter os seus interesses e influência naquela empresa) e é gestor de seguros de saúde?

Manuel Coimbra

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