domingo, 11 de maio de 2014

Passos foi almoçar a Macedo de Cavaleiros e não pagou a conta.

Desculpem lá, mas eu mesmo o próprio  ficaria muito chateado!

 Eu espectador inquieto pela chegada do “Rising star” , a queimar minutos , a ter que ver as notícias de abertura dos telejornais nacionais, nas televisões nacionais, e dou com um almoço que aparentemente correu mal ao nosso Primeiro, agora investido no papel  de candidato de  futuro para os portugueses, começando já pelas próximas eleições para a representação europeia.

Transcrevo as suas palavras e digo já que nesta malandrice que lhe fizeram hoje estou com ele , há limites!

Vejam lá se o homem não tem toda a razão:

“Então a minha malta convida-me para uma almoçarada em Macedo de Cavaleiros, e não ajeitaram previamente um menu fixo com o dono do restaurante que é dos nossos?

Uns escolhem isto, outros aquilo, os mais lambões atiram-se logo ao camarão, outros vão para as migas – a jogar pelo seguro, que isto vai mudar para mal na mesma  – bebemos o vinho  da casa , e quando já estamos todos na conversa, uns contando das suas dificuldades do custo vida na Lisboa e no Porto , outros de  telemóvel em punho mostrando as selfies dos filhos, e outras banalidades de encontros  entre amigos, e não é que mesmo assim houve  malta da minha que pediu visque de doze anos?
Quando vem a conta, que foi a dividir por cabeça, pagamos todos por igual. Não podemos pagar igual quando uns só bebem água!

Não é justo. Eu  há que tempos que não como um camarão!

É por essas e outras, que estamos como estamos. Uns a viver à tripa forra, outros com o euro contado”.

Se há uma  declaração de Estado  – em amargo jocoso de boca -  do nosso Primeiro , foi a que  hoje proferiu nas televisões públicas, em tons de chalaça descontraída.

O homem tem toda a razão!

Não se convida ninguém para um almoço que não pode pagar.

Ainda por cima ficou em maus lençóis, não levava dinheiro a contar com os visques dos outros, teve que pedir emprestado ao macaco que lhe cobre a sombra ( que também se viu aflito para emprestar algum, porque mal ganha para a electricidade – há até quem diga, vizinhos , que a EDP já lhe cortou o fornecimento de luz no mês passado), e só voltou para Lisboa porque vieram pela Nacional um, sem pagar portagens.

Amigos destes, punha-os em Bruxelas.

O nosso Primeiro tem um grande e oportuno sentido de humor, e está muito bem rodeado de assessores – aqueles rapazes que agora se chamam de “facilitadores” – amigos mesmo, que o deixam dizer estas piadas em público. Se calhar até para ver se o enterram mais, que isto dos facilitadores é malta de absoluta confiança.

Ou será que é só a sua moça que lhe acha piada e o motiva a deitar estas boutades boca fora, em público?

Tive uma vez uma professora na universidade, que não se cansava de dizer nas suas aulas que a genialidade e frescura dos discursos do seu marido, ministro das finanças, que depois trepou por aí acima e agora é o chefe dos títeres, eram obra sua, daí a sua qualidade.

Por trás de um pequeno homem há sempre  a frustração dos bicos dos pés.

ATENÇÂO: O texto em itálico é ficcional e é o desenvolvimento da piada que o Senhor Primeiro Ministro fez sobre os almoços, e que passou ontem nas notícias dos telejornais e não reflecte na integra as suas palavras. Ele paga sempre os almoços, que fique bem claro!



1 comentário:

  1. Se não pagou a conta, prova que é um ministro coerente, pois os ministérios e os outros serviços públicos não pagam nada a horas. Vivemos num mundo do cravanço e só os honestos se incomodam com o pagar as dívidas contraídas por si e pelos outros. É o fartar vilanagem!

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