sexta-feira, 13 de junho de 2014

Lancinantes murmúrios

Todos nós temos ouvido ao longo dos últimos tempos os lancinantes murmúrios de que a Constituição não está com os tempos de agora. Que os tempos são outros. Que precisa ser alterada. Refrescada. Evoluída, no sentido mais lato do termo, rumo a um qualquer outro ismo, que nos tire, de uma vez por todas, do fatalismo da pedinchice de tempos a tempos, por destemperança e incúria governativa.
E, quem fervorosamente tal apregoa, são os ‘benditos’ políticos do dito e redito ‘arco da governação’ ou arco da dissipação colectiva, os quais, nas suas tomadas de posse juram cumprir e fazer cumprir a Constituição.
Pois bem, alterem-na. Para tal, todos sabemos, grosso modo, para que tal alteração seja levada em frente são necessários os votos de dois terços dos senhores deputados.
E, então, onde está a dificuldade em se arregimentar os votos necessários para tal alteração?
Nesse sentido, da dificuldade que os políticos dizem existir, pergunta-se: qual foi a dificuldade para os senhores deputados se terem aumentado em 5,4%, num agravamento de 40% em relação ao ano anterior (2013), em que a despesa com a AR passou de € 99 milhões para 140 milhões para 2014? NÃO O FIZERAM POR UNANIMIDADE?

José Amaral

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