sexta-feira, 13 de junho de 2014

O voto Seguro ou de Costa a Costa

Santana-Maia Leonardo - Público de 13/6/2014

Eu tinha a pior ideia de Seguro até aparecer Costa de quem tinha até boa opinião. Mas eu funciono quase sempre em contra-corrente. E bastou-me ver  a lista de apoiantes de António Costa, para que se fizesse luz dentro de mim. Seguro tem de ter necessariamente algumas qualidades, ainda que eu não esteja a ver quais são, para toda a comunicação social afecta aos grandes grupos económicos e as vozes do regime (Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes, José Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite, Santos Silva, José Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues, Mário Soares etc.) defenderem a entronização de Costa "custe o que custar". 

E se se juntar a este painel já, por si, assustador, o barómetro da opinião pública que considera António Costa melhor primeiro-ministro do que Seguro, tenho de concluir forçosamente, mesmo que não saiba porquê, que Seguro é muito melhor primeiro-ministro do que António Costa. E porquê? Porque as escolhas dos portugueses são como o algodão, não enganam. Ou melhor, enganam-se sempre, basta ver as escolhas dos últimos dez anos: Durão Barroso, Sócrates, Cavaco Silva e Passos Coelho. 

Estou esclarecido. Antes um voto Seguro do que um voto de Costa a Costa.

2 comentários:

  1. Não é bom fazer juízos precipitados, pois ao aparecerem novos elementos de causa, verificamos os erros. Humanamente não é possível ser de outra forma, de contrário, seríamos seres predestinados à santidade. A miséria comportamental está instalada na nossa sociedade e é difícil, de um lamaçal como este, sair sem ser salpicado. O ideal seria não entrar na farra, mas, mesmo sem querer, acabamos por estar envolvidos directa ou indirectamente. O Costa, é um oportunista e na política isso é apreciado por muito boa gente. O Seguro, que igualmente fez uma carreira jotista, é um inexperiente e não conhece a vida real para lá do Palácio do Rato, mas o Costa, mais sabido, também não tem um percurso notável fora dos cargos políticos. Não consta que, como ministro da Justiça, tenha feito algo para inverter a desgraça que é este sector da vida portuguesa.

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    1. Depois de três terríveis anos com o Governo a massacrar a enorme maioria dos portugueses, o que seria de esperar das eleições do passado dia 25 de maio era, como foi,uma enorme derrota do Governo e dos partidos que o sustentam.Mas essa derrota do PSD/CDS, infelizmente, não foi acompanhada-como seria lógico- de uma grande vitória do PS. Ora, isto só se compreende (na minha modesta opinião) porque os eleitores olharam para este PS e não viram nele uma ponta de credibilidade para ser alternativa á coligação governamental de Passos Coelho e Paulo Portas . Perante este cenário, António Costa que esperava uma oportunidade para apear do poder o in-(Seguro) secretário-geral do PS, saiu à praça pública para gritar aos socialista e não só: "Alto aí, camaradas, agora é a minha vez, pois o meu António "vende"mais do que o de Seguro"! Estava iniciada mais uma guerra fratricida entre os clãs do Rato, com os pobres militantes de base a assistir (presumo) envergonhados a tão degradante espectáculo politiqueiro e perguntando-se (imagino eu) : afinal, será que algum destes Antónios (Seguro ou Costa) é alternativa credível a Passos Coelho? Ora, eu que não acredito que nenhum seja a alternativa que o País precisa para sair deste terrível pesadelo em que vivemos, acho que tanto Seguro como Costa são fruta da mesma árvore que se tem alimentado do chão rosa-alaranjado adubado com o neoliberalismo, propriedade de uma multinacional chamada FMI/Troika. A meu ver, a solução para os problemas que o País atravessa só será encontrada no dia no dia em as gentes do Rato tirarem o socialismo da gaveta e criarem uma plataforma de entendimento com comunistas e outros democratas.

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