quinta-feira, 31 de julho de 2014

Por obra e graça celestial

Por obra e graça celestial da cidade hollywoodense de Portugal – Lisboa -, o pelouro da Cultura de uma conhecida casa de família que bem geria os dinheiros alheios, disponibilizou – soubemos ontem (30/7) – a módica quantia de 3 577,3 milhões de euros para a rodagem de dois épicos filmes – O Monte Branco e o Rioforte, os quais, em versão genuinamente à portuguesa, ultrapassam de longe, tanto em esplendor como em gastos, os também consagrados O Monte dos Vendavais e o Rio Bravo.
Portanto, logo que a caloraça do Verão termine, estes remakes do passado, agora numa versão tipo ‘ó mar salgado, quantas lágrimas conténs deste povo desgraçado e depenado’, os tansos de sempre e para todo o sempre poderão deliciarem-se em muitas sessões da ‘meia noite’, aonde o ruído do ranger de dentes ultrapassará o rilhar de pipocas e o sorver de limonada à americana.

Texto também publico no PÚBLICO de 1/8

José Amaral 

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