terça-feira, 23 de setembro de 2014

"Também os partidos são mortais"

Interessante a crónica de Jorge A. Fernandes na revista 2 (jornal Público) deste domingo...
Na França, onde se deu a revolução que iniciou a Idade Contemporânea, tem-se falado, nos últimos dias, na possibilidade da esquerda morrer ou do «suicídio da esquerda» ou, ainda, a sobrevivência da esquerda e a do Partido Socialista.
Manuel Valls, encarregado de formar um novo gabinete por ordem do presidente Hollande, alertou: "Sim, a esquerda pode morrer. Sentimos que chegámos ao fim de qualquer coisa, talvez mesmo ao fim de um ciclo histórico do nosso partido". Ou ainda, como escreveu um jornalista francês, "o debate interno no PS é assassino."
Também na França o socialismo vê a sua credibilidade destruída.
Este discurso pode fazer-se em relação ao PS português?
Ou em relação a um outro qualquer partido? Se calhar...
Temos desacreditado nos políticos.
Quanto mais nos envolvem, mais mentirosos se vêm a revelar (sim , estou a pensar em Marinho e Pinto).
"Não apenas os humanos são mortais", escreve Fernandes. "Também o são as nações" (Bassets), "as ideologias, os partidos e todas as velhas certezas", acrescenta o jornalista do PÚBLICO!
Seremos todos muito teimosos? Mais ainda o são os políticos.
Os partidos terão que morrer para que se salve a democracia?
Teremos «velhos do Restelo» como políticos?
O problema ultrapassa a França. ..
A "morte" dos políticos no seu verdadeiro e mais autêntico sentido e, consequentemente, a dos partidos, até me parece (a mim que não entendo de política nem entendo os políticos) que já começou há muito em Portugal...

(Público, 27-9-2014)

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