quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Não se nasce por decreto

Natalidade
 Dizem os jornais que uns membros do governo estão a desenvolver estudos e subsequentes propostas para aumentar a natalidade no nosso País. Como se a natalidade devesse aumentar por decreto!
E o partido no governo promete medidas pró-natalidade no orçamento e "revolução" nos processos de adopção  e iremos saber até ao final deste mês a estratégia de “remoção dos obstáculos” à natalidade.
Como diz o poeta “eles não sabem nem sonham” que a Natalidade não deve ser imposta por decreto: os Homens e as Mulheres não são máquinas comandadas à distância… A Natalidade floresce em sociedades responsáveis, estáveis e livres e onde o futuro seja minimamente previsível e que os jovens possam ir traçando o seu percurso de vida. Depois das guerras, com  populações dizimadas foi preciso criar caminhos de esperança e foram dados grandes saltos na consolidação das sociedades que entretanto se foram organizando.
Como diz Sérgio Godinho: paz, o pão, habitação, saúde, educação, liberdade de mudar e decidir, quando pertencer ao povo o que o povo produzir. Este anseio será um pouco revolucionário, mas é preciso que o governo pare de vez com tantas andanças e alterações e modificações que só têm atrapalhado e não resolvido os problemas do nosso País.
É isso mesmo: o pão – igual a emprego. É preciso que haja empregos em Portugal e que seja travada a saída de tantos, especialmente os nossos jovens Um exemplo: há falta de enfermeiros nos nossos hospitais e os que estão colocados têm horários… Mas o governo não faz nada e muitos profissionais estão a sair por esse mundo fora. E médicos também e depois, contratam-se médicos estrangeiros. Alguém percebe?
E com emprego e remuneração além de comprar pão poderão pagar casa e constituir família. E lá nascem os filhos e as estatísticas melhoram. E ainda há a necessidade de estabilidade na educação (e poderíamos refletir nos disparates do fecho de escolas, nos erros na colocação de professores e as falhas de pessoal não docente).
Muito falta por referir. Mas uma coisa é certa: a natalidade não se impõe por decreto, mas ela será uma realidade numa sociedade estável que respeite o povo e onde o Amor acabe por acontecer.    


Publicado hoje no Costa do Sol - Oeiras

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