quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Novo Banco

A propósito daquele banco

No meio das convulsões que ocorreram no seio da banca portuguesa surgiu um Novo Banco que rapidamente começou a transmitir uma certa estabilidade anunciando que o Banco tem capital, tem clientes e faz referência aos seus colaboradores. É agradável sentir que os responsáveis respeitam quem lá trabalha.
Pensávamos alguns que este assunto iria ainda sofrer alguns ajustes como a entrada de capital, os seus administradores definitivos, a sua designação, e até talvez o seu logótipo. Havia algumas palavras que nos tranquilizavam quanto aos depósitos, a rede de balcões e o pessoal que nos atendia.
Mas já está a começar uma sensação que outra coisa está por detrás e que decorre da pressa de vender o Novo Banco. A substituição acelerada dos responsáveis e a procura de novos “administradores” que estejam dispostos a cumprir estas ordens - mesmo continuando a declarar que os depósitos estão assegurados – não dará segurança aos trabalhadores – cerca de seis mil – que afinal o banco conta com eles. Porque uma entidade bancária que o compre irá incorporar na sua rede de balcões os do Novo Banco e ao fechar os que duplicarem lá irão os trabalhadores.

Este Novo Banco não devia continuar explorando a sua carteira de clientes, as linhas de investimentos que vinham de há muitos anos, criar riqueza e manter a centenária rede bancária?


Publicado no Jornal Público de 29/09/2014 

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