O ébola é um vírus letal – uma febre hemorrágica – que está
a lançar o pânico a nível mundial, mormente na Europa, continente que foi colonizador
de África, onde tal peçonha foi identificada pela primeira vez no longevo ano
de 1976.
E, com este pequeno introito, quero dizer que tudo que nos é
muito estranho e desconhecido pode causar-nos muita apreensão e medo, apesar,
como disse, tal intruso viral se ter declarado há quase quatro décadas,
precisamente junto ao Rio Ébola que lhe deu o nome, um afluente do Rio Congo,
na República Democrática do Congo, situada a norte de Angola.
Agora, com tanto desmesurado alarme que mais me parece ser
um verdadeiro ‘ensaio sobre a cegueira’, julgo ser muito negativo pensar-se, ou
pior, acontecer, que alguns profissionais de saúde se neguem a prestar auxílio a
tais doentes, suspeitos de tal maleita, pois, então, por exemplo, qualquer
militar poder-se-á recusar a ir para a frente da batalha, porque pode perder a
vida.
Eu sei, e muitos de vós também sabem, que já acabaram as
‘cartas de chamada’, ou as ‘condenações ao degredo ou desterro’, ou ainda a ida
armada ‘voluntária’ para terras africanas, a fim de serem defendidas dos
‘turras’ as nossas colónias ou os interesses de alguns grupos económicos à
época, pois só assim é que pisávamos solo de outras paragens.
Finalmente, como estamos globalizados, nada é estanque e,
portanto, a barreira que nos protegia dos ‘males’ de África ou de outras
terras, já há muito foi derrubada, deixando-nos à mercê de inusitada intempérie.
José Amaral
Não querendo fazer humor com a desgraça, que é o ébola, e que traz todo o mundo em alvoroço, é interessante que a designação desta peste, pode dar duas palavras que têm um poder incontrolável; é bola.
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