domingo, 9 de novembro de 2014

A minha sociedade é assim…

Vivo numa sociedade que tem uma mentalidade diferente da minha… o cidadão comum inveja o automóvel novo do vizinho, ou a sua casa e o seu emprego… e o que faz para mudar isso? Nada! Limita-se a invejar e critica-lo. Porque não fazer o contrário? Porque não descobrir uma forma de trabalhar e conseguir um carro e casa maiores que o vizinho?

Vivo numa sociedade que não premeia o mérito pessoal… numa sociedade onde uns precisam de trabalhar e outros não… E estes últimos, não é por serem ricos, é sim porque alguém lhes diz “tu não precisas”, sem qualquer justificação. Mérito na vida, para quê? Trabalhar de graça pela terra, mas que sentido é que isso faz? Na minha sociedade, a forma mais bem aceite de conseguir um emprego, é ir pedir/exigir a quem o consegue dar. Tolo é quem perde tempo a ajudar os outros só porque sente que está a praticar o bem.

Vivo numa sociedade que crítica o sistema político, que critica os Partidos e os Políticos… dizem que são todos iguais, criticam a subida de impostos, criticam as obras, queixam-se de falta de emprego, da falta de dinheiro, da crise… mas não querem perceber porque é que existe crise… A crise existe porque as pessoas a criaram… em primeiro lugar, as pessoas querem viver acima das suas posses, se só têm 5 euros no bolso, não podem comprar algo que custa 100 euros. Podem deseja-la, mas têm que trabalhar muito para merecer tê-la. E em segundo lugar, a crise existe pois as pessoas acham bem pedir/exigir emprego para familiares e amigos, o que leva a que tenhamos maus profissionais à frente de instituições, pois essas pessoas não concorreram a qualquer vaga, caíram lá vindas do céu. E os nossos políticos são iguais… alguém os “convidou” para ir para lá, pouco interessa se são bons ou maus, o que interessa é que são “amigos” de alguém… A verdade é esta, por muitos que custe ler e ouvir, não premiar o mérito pessoal leva à ruína das instituições, do país… Dar emprego a alguém só porque “ele precisa”? Então e os outros todos que estudaram, que lutam diariamente para conseguir uma chamada para uma entrevista, “não precisam” porquê?


Vivo numa sociedade que vai criticar este texto, que vai continuar a queixar-se da vida, a invejar o vizinho, e a considerar normal a “cunha”. Não digam que eu não avisei…

7 comentários:

  1. Bem vindo a este espaço de cidadania!
    Não me queixo. Sou sortuda?

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  2. Não creio que sortuda seja a melhor palavra. Se alcançou na sua vida tudo o que sempre desejou e se sente realizada, é um caso de sucesso pelo qual se deve orgulhar.

    Muitos não se queixam pois simplesmente têm receio de enfrentar os interesses instalados na sociedade. Outros apenas desconhecem que aqueles que têm o poder, são pessoas como nós, com pontos fortes e fracos, e que é tão simples fazer-lhes frente e dar a nossa opinião.

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  3. E outros também não se queixam, pois fazem parte da classe que subiu na vida sem mérito.

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  4. Não estou sempre a queixar-me e a criticar, talvez seja isso. Ou talvez evite colocar as culpas nos outros e no poder, nos políticos, etc. Mas claro que não me referia ao país político, que tem muito a corrigir. Referia-me às queixas que ouço... queixas que podiam ser transformadas em ação. Há muita coisa que podemos mudar, na 1ª pessoa!!

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  5. Totalmente de acordo. Podemos não conseguir mudar o mundo, mas podemos mudar o mundo de alguém.

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  6. Cada parágrafo do texto daria um bom debate. Não vou dizer que dá uma no cravo e outra na ferradura, mas não se pode generalizar. Houve muita gente que não teve os cinco euros para criar a crise... e o mérito pessoal de alguns indivíduos (que o julgam ter), pôs em causa o mérito de muitas pessoas.

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  7. Eu como às vezes não sei quem sou ou o que sou, também não sei qual é a minha sociedade, ou se sou apenas um marginal.

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