quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O ateísmo de Ian McEwan

Na entrevista publicada no DN do dia 8 de Novembro, Ian McEwan cita vários exemplos do Mal existente no mundo, que lhe serve de base para a negação de Deus, e resume assim a sua descrença: "Se reparamos, o mundo está configurado da forma que estaria se Deus não existisse". Mais à frente, e relativamente à morte, Ian McEwan diz que "A vida é tão interessante e fascinante que é triste que tenha de acabar".
Comento eu: se o peso do Bem (implicitamente reconhecido neste pensamento), não superasse largamente o do Mal, o escritor não teria um conceito tão elevado do mundo (interessante e fascinante), nem teria razões para lamentar abandoná-lo um dia!
Coloco duas perguntas a Ian McEwan: como sabe que o mundo está configurado da mesma forma que estaria se Deus não existisse? (Então, já está a admitir que Ele existe!) E se o Mal provém da inexistência de Deus, de onde provirá a existência do Bem que tanto fascina o escritor?!
Ian McEwan decidiu-se pela inexistência de Deus. Eu decido-me pela Sua existência, usando a mesma ferramenta lógica que o escritor!

José Madureira

3 comentários:

  1. O homem, mesmo o que se julga, e nós julgamos ainda, sábio, ainda é bastante ignorante para discutir a existência de Deus.

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  2. De facto, assim é: quem és tu para Me negares?

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  3. Se nós não existíssemos talvez Deus não existisse também.

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