terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Nem sabem, nem imaginam, nem nada

Existe em Portugal um termo em Portugal associado ao trabalho e ao emprego que é "nem nem".
Esse termo designa aquelas pessoas que nem estudam, nem trabalham.

Sugiro que se crie uma outra, para associar aos gestores de topo da banca, que poderia perfeitamente ser "nem nem nem".
São aqueles que nem sabem, nem imaginam, nem nada.

Depois de ter ouvido algumas declarações na comissão parlamentar de inquérito ao descalabro do BES, percebi que :
- Ricardo Salgado nem sabia, nem imaginava, nem nada.
- Ricciardi (JMR, como aparece nas atas de que não se lembra), nem sabia, nem imaginava, nem nada.
- Amilcar Pires, que como os outros enferma de amnésia seletiva, nem sabia, nem imaginava, nem nada.
- Vejo hoje como Manuel Fernando Espírito Santo, chairman da Rioforte, afirmou que não sabia do buraco de 1,3 mil milhões de euros que existia na Espírito Santo Internacional (ESI), não imaginava que o passivo da ESI tinha sido omitido, nem nada.
- A tutela, que devia estar atenta, nem impediu o descalabro do BPN, nem impediu o descalabro do BES, nem nada.

Já agora, reparo na ironia, quando me referi a “gestores de topo” de que, em espanhol “topo” designa uma toupeira, esse bicho que anda debaixo do chão, de forma subreptícia, cavando buracos de que ninguém se apercebe até que tudo desaba à sua volta. Ninguém, exceto claro está as outras toupeiras...


2 comentários:

  1. O Alves dos Reis, comparado com os actuais vígaros, seria um aprendiz.

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  2. O Alves dos Reis não foi um vigarista. O dinheiro por si urdido era verdadeiro.
    Quando trabalhava no Banco Português do Atlântico - eu e não o Alves dos Reis - havia em caixa libras em ouro que eram 'f'alsas', mas tinham o mesmo toque e peso das verdadeiras. Só que umas foram cunhadas na Inglaterra e as outras foram cunhadas na Alemanha durante a II Grande Guerra. Ninguém as sabia distinguir.

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