sábado, 13 de dezembro de 2014

Quando os extremos se tocam e chegam ao mesmo pensamento

Caros confrades, que neste espaço vão escrevendo e lendo as opiniões de uns e de outros.
Deixo-vos com um sugestivo correio electrónico chegado há momentos à minha movimentada caixa postal.
No entanto, peço-vos antecipadas desculpas se vos causei algum incómodo por tal facto. 

José Amaral

QUANDO OS EXTREMOS SE TOCAM...

 Marcelo Caetano e Saramago

 Quem foi que disse que profetas só no Antigo Testamento? Não é verdade.
Estes dois homens, Marcelo Caetano e Saramago, foram dois verdadeiros videntes, mas os portugueses não acreditaram nas verdades que proferiram.
Ei-las abaixo:


  











                   

















7 comentários:

  1. Pois é amigo Amaral, percebo a sua comparação, mas na minha opinião ela é injusta, e porquê ? 1º José Saramago subiu na escala social à custa do seu esforço até conquistou o Nobel (como sabe) 2º foi um anti-fascista 3º Nunca renegou as suas origens humildes nem o seu passado político, coisa que muitos em troca de um tacho de Ministro rosa ou laranja. Depois, Caetano nasceu num berço de ouro, herdou uma ditadura que fez questão de continuar. Manteve uma guerra colonial para servir os interesses dos generais, e dos donos de certas fortunas conseguidas à custa de uma guerra que (salvo erro) consumia para além de muitas vidas, mais de 50% do PIB de Portugal. Será que é justo colocar estas duas pessoas no mesmo prato da balança ?

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  2. Marcelo Caetano não nasceu em berço de ouro e, por ser pobre, tinha vergonha de se apresentar ao sogro, Prof. Dr.João de Barros, que tinha sido ministro na 1.ª República. Eu nunca fui adepto da sua forma de governar, e muito menos Salazarista, mas a verdade tem de estar sempre na linha da frente, mesmo que ela vá contra as nossas convicções ideológicas.

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    1. Caro Joaquim,admito que quanto à origem social do ditador Marcelo Caetano, eu possa estar enganado, se ele era pobre talvez tenha chegado a catedrático pela via seminarista ? Quanto ao resto,( não quero ser hipócrita ) gostaria de ter lido da sua parte a sua opinião sobre a guerra colonial e os seus custos materiais e uhmanos, talvez até porque cometo o "pecado" de ter convicções ideológicas.

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    2. Caro Amigo Arlindo
      As pessoas responsáveis e que têm a consciência do ser, têm de ter convicções ideológicas, porque estas são os caminhos em que se movem. Mão se trata de um concurso para ver quem tem as melhores, ou seja, as que nos encaminham para um mundo (sociedade) ideal. Por princípio sou contra as guerras, mas, foi a através delas, das lutas que a sociedade se foi construindo. As nossas guerras coloniais foram um erro, mas não fomos os únicos colonizadores que entraram nesse caminho para defender, o que na opinião dos governantes, era território que lhes pertencia. Ainda no séc. XX a Inglaterra dificilmente deixou a Índia e o Paquistão e a França libertou a Argélia. O caso português, foi mais complicado, porque Salazar, um homem inteligente mas pouco conhecedor do mundo e dos novos ventos da história, como velho aforrador, não reconheceu diplomaticamente a necessidade de libertar as colónias. Entrou na guerra e isso prejudicou, em muito, o futuro de Portugal. Marcelo, um homem da mesma escola, seguiu-lhe a peugada nesse erro colossal. Depois, foi tudo o que sabemos e assistimos. Agora o mal está feito e só temos de recuperar o passado, pois todo este povo, que fala a nossa língua, é nosso irmão. Não adianta bater nos cães mortos, agora é necessário defendermo-nos dos cães vivos. Um abraço e um BOM NATAL.

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    3. Pois, estou completamente de acordo, Caro Joaquim, só nunca percebi é porque sendo Salazar um homem inteligente, nunca seguiu as pegadas das grandes potências colonizadoras, visto que sendo, politicamente,militarmente e economicamente muito mais poderosas, tiveram o bom senso de dar a independência, à Índia , Paquistão e Argélia. Também dizer que não se trata de "bater nos cães mortos apenas, mas como sabe há por aí muito cão saudoso que está apostado em apagar o passado e isso na minha modesta opinião não é bom para o futuro, e nem nos defende dos cães do presente. Bom mas como comecei por dizer~, no essencial estou de acordo com o meu amigo. Também para sim, um Bom Natal .

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  3. Caros Amigos Arlindo e Joaquim, tenho seguido o 'aceso' jogo de 'ping pong' que começaram no dia 13 e tudo por culpa minha. Todavia, confesso-vos que gosto do modo como defendem as vossas convicções.
    E, abraçando-vos, só vos digo: temos mais coisas em comum que nos unem do que nos dividem.
    Tudo de bom para ambos e para todos aqueles que andem por estas paragens e até os outros também.
    Um fraterno abraço de mim para todos.

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    1. Olá caro amigo José Amaral, está bom? Tudo indica que sim felizmente. Olhe cá estou eu a responder-lhe com muito apreço pelas suas simpáticas palavras que, aliás eu reconheço terem razão de ser. Dizer-lhe também que é sempre um gosto ver os seus escritos muitas vezes" pintados" com muita graça, exemplo disso foi a forma metafórica como viu o diálogo entre mim e o estimado Joaquim (um Pin-pong" ). Por ultimo obrigado pelo abraço que retribuo com muito gosto desejando-lhe que o ano de 2015 lhe traga tudo de bom e já agora também para todos que estão neste mundo por bem. Eu se puder vou continuar este saudável "ping-pong" com todos aqueles que estejam dispostos a aturar-me, mas sempre com lealdade e a tentar cultivar amizades mesmo com quem por vezes possa não estar de acordo comigo. Até porque não pretendo ser o dono da verdade. Um abração.

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