quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Redução americana na Base das Lajes

(“i” 14.01.2015)


Se estes péssimos acontecimentos ocorridos em França, não alteraram as decisões americanas quanto à segurança do Ocidente e do Atlântico Norte, a Base das Lajes entregue aos EUA tende a deixar de o ser em definitivo.
Em 2015 os EUA reduzem para uma meia dúzia de aviões, e nos anos que se seguirão, deixam de lá estar em definitivo. Até por o interesse dos EUA em todas as vertentes e também no da segurança, estarem muito mais virados ao Pacífico que ao Atlântico.
E unilateralmente os EUA decidiram ir-se indo embora, e nós, mais uma vez levamos com a decisão, e nada mais. Tem que ser.
E a Nato se não tiver um melhor empenhamento desta Europa em decomposição e se os americanos já não precisarem de a levar até um qualquer Afeganistão, vai-se também desfazendo.
Se calhar com o andar do tempo, tal como a China vem investindo aqui na Europa, entrando por Portugal comprando tudo o que estava à venda – e já pouco sobra – para depois vir a dominar a Europa em deterioração, talvez possa vir a querer ocupar, comprar, arrendar a Base das Lajes.
E como já não estamos no tempo do Salazar que assumia que os americanos iriam impor o seu imperialismo a Portugal, mesmo assim acabando por lhes entregar as Lajes, agora vai tudo, desde que sejam chineses a abanar com dinheiro.
Veremos o que acontece nos próximos capítulos, mas que os americanos vão saindo das Lajes, parece que ninguém duvidará. Se os chineses para lá irão, ver-se-á mas não será de admirar.
E talvez estes dois nossos submarinos também possam fazer parte do pacote, sempre não ficaríamos a perder tudo.

Augusto Küttner

4 comentários:

  1. São os 'sinais dos tempos' e alguma contenção orçamental.

    ResponderEliminar
  2. Os nossos governantes, que algumas vezes nos tratam com uma certa soberba, acabam de ser desrespeitados pelos americanos. É natural que a contenção orçamental os leve a reduzir o seu investimento nos Açores. Com as facilidades de comunicação que estão no terreno, a Base das Lages, deixou de ser imprescindível e passou a ser um ponto acessório e não fundamental. Contudo, a maneira como, aparentemente de forma unilateral, decidiram despedir-se parcialmente, sem uma negociação prévia com o nosso Governo. Estão no seu direito, mas no meu ponto de vista, sabermos da situação apenas pelos jornais, que referem apenas fontes americanas, não é agradável para os portugueses. Na verdade, é a vidinha portuga, por muito que alguns dos nossos representantes se ponham, às vezes ridiculamente, em bicos de pés.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Afinal onde está a admiração face à unilateral decisão do Governo dos EUA em abandonar a base das Lages? De facto, não vale a pena aos nossos pequenos governantes, colocarem-se ridiculamente em bicos de pés. Ao fim e ao cabo, de que valeu a criminosa mentira que Durão Barroso quando anunciou ao mundo a existência de armas de destruição massiva no Iraque, a mando do Sr. Buch, para legitimarem a invasão do Iraque ? Olhem, uma sugestão: O governo que peça a Mário Soares para falar com os seus amigos da CIA, para que estes e o seu Governo, não abandonem a base das Lages nos Açores.

      Eliminar
  3. Totalmente de acordo Caro Joaquim.

    Um abraço

    Augusto

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.