quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

"JE SUIS CHARLIE", JÁ NÃO PASSA POR SER UMA HIPOCRISIA?


Este cidadão comum, sem qualquer referencia em particular ou especial, somente e meramente mais um cidadão, como tantos outros, deste “pequeno burgo”, atento ao que o rodeia no dia-a-dia, deste mundo cão, selvagem e cheio de hipocrisia e do faz-de-conta, mal-amanhado, mas, contudo tem o gosto e saborear o prazer, procurando acompanhar o que se passa pelo mundo e “arredores”, através da imprensa escrita e falada, mas com um nome devidamente identificado, “Je suis Mário Jesus e somente, nada mais”.
E, á boa maneira bem aportuguesa, e, que agora somos todos "Charlie", obviamente também sou pela liberdade de imprensa, mas recuso-me assumidamente a ser mais um “Charlie”, pois agora está muito na moda, quando em Portugal, apenas se vendiam meia dúzia de exemplares daquela edição, e poucos conheciam mal e porcamente aquele jornal, se não fossem, infelizmente, as desgraças, reprováveis e condenáveis que ocorrem na redacção daquele jornal.
Ao ler a imprensa, nem que seja através das páginas online, que os jornais diários nos proporcionam, já começo a ficar farto de tanto “Je suis Charlie”. E porquê?
Alguma imprensa portuguesa fala de tanta liberdade de expressão, e pedem-nos a nós leitores para haver solidariedade com o “Charlie”, e comprar o citado, como homenagem a todos aqueles “que fazem jornalismo através do desenho”.

Mas se me permitem, que liberdade temos nós nalguma imprensa portuguesa? Aqueles mais interessados e “quiçá”, e mais atentos, como leitores escritores de cartas, ficam como eu, indignados, quando cada dia que passa, alguns jornais infelizmente, da nossa “terra”, nos cortam o “pio”, como a canção de Francisco Fanhais, que em certa altura, do seu poema diz…”cortaram o bico ao rouxinol….rouxinol sem bico já não sabe ou não pode cantar…(é mais ou menos isto, que diz a canção).
Neste momento e infelizmente é que o se está a passar na nossa imprensa, aos poucos vamos sentindo a falta de liberdade de expressão, e cortam-nos lentamente o nosso “bico, como diz a canção.
Mas, por outro lado apelam, para a solidariedade de homenagem `*àqueles, que fazem jornalismo através do desenho”. Chamo a isto, já uma enorme hipocrisia.   

(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45436 do Diário de Notícias da Madeira de 
  26 de Janeiro de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 255-Ano 127 do Jornal de Notícias de 11 de 
  Fevereiro de 2015)

Mário da Silva Jesus

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