terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nem sempre o que parece é!

Ainda não tinham passado 24 horas após as eleições legislativas na Grécia e já o partido vencedor e conotado com a extrema-esquerda – o Syriza – tinha feito coligação com um dos partidos menos votado – o Anel, de Panos Kamenos – consubstanciado em Gregos Independentes da direita nacionalista, pelo que, sem qualquer perda de tempo, Alexis Tsipras tomou imediatamente posse como primeiro-ministro da nação helénica.
Todavia, intramuros, ainda não ouvi os nossos ‘sabidolas’ constitucionalistas, ou juristas, ou os doutos homens de direito, bem como os papagaios do costume, defenderem para a nação lusitana que, em tão curto espaço de tempo, após um processo eleitoral, logo se tome posse, sem os habituais e negativos interregnos, com consultas e mais consultas ao PR que só prejudicam o bom andamento dos negócios da nação.
Só ouço o choro lamuriante das carpideiras defensoras do sistema instituído criticando tenazmente a ‘má’ escolha do povo grego, que elegeu – ‘à má fila’ - um partido marcadamente da extrema-esquerda, que se aliou – para governar – a um pequeno partido de direita.
Resumindo: os opinantes e os acérrimos defensores do conluiado ‘arco da corrupção’ que se cuidem, mudando de tom, pois a música, agora, vai ser outra, quiçá de melhor feição para quem tem sido prejudicado e até esbulhado do que – por direito próprio - lhe pertencia.


José Amaral

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