quarta-feira, 25 de março de 2015

O roto e o esfarrapado


Os cofres portugueses estão cheios, os gregos quase vazios. O BCE não nos deve nada e recusa-se a pagar os lucros em dívida à Grécia.
“Beneficiando” de taxas de juro negativas, Portugal paga ao BCE para que lhe guarde o dinheiro, a Grécia gostaria de pagar taxas positivas, mas o BCE diz-lhe, como ao pedinte: “não pode ser, tenha paciência”.
Passos Coelho não sai do conto de crianças e deseja o maior sucesso ao governo grego, este tem mais que fazer do que ouvir mentiras piedosas.
Os governantes portugueses acham que a fome e a miséria são inevitáveis, os gregos lutam pela emergência de dar pão e luz a todos.
Houve uma mini-cimeira europeia, com três eleitos e quatro funcionários, o primeiro-ministro belga enfureceu-se por dela ser arredado, o nosso achou normal.
“Je suis” alemão. Por solidariedade, não com o tenebroso casal de Berlim, mas com o dos turistas que pagaram a sua parte da dívida germânica à Grécia. Tiveram vergonha pelos seus governantes, eu também: peço desculpa aos gregos pelas afrontas que os “meus” ministros tanto gostam de fazer aos deles.    


1 comentário:

  1. Esta vida actual é para doidos varridos. Foram-se os valores morais. Agora, só valem os valores do capital.

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