sexta-feira, 6 de março de 2015

SENHORES DIRIGENTES DE FUTEBOL, OS ÁRBITROS NÃO PODEM SER OS ÚNICOS CULPADOS

No já passado dia 26 de Fevereiro, vim a este “terreiro” e nesta mesma página, a afirmar com toda a clarividência e o à vontade só possível de quem não presta vassalagem seja a que clube for e próprio de quem não deve nada a “ninguém” em termos e em, ou em defesa ou contra a chamada clubite, isto é, das cores dos clubes, provocados pelos péssimos dirigentes que estão à frente dos clubes, e que muitas das vezes são algo de doentias e provocadoras polémicas, e que gera um mau estado entre adeptos, ou melhor dizendo entre as claques.

Com um título, muito, muito actual, que era o seguinte…”Qual o clube ou presidente que não tem telhados de vidro?

Até hoje estou há espera por respostas, que até ao preciso momento ainda ninguém teve ou foi capaz de ter tido a ousadia de se pronunciar, acerca do tema em questão ou seja, que viessem em defesa da sua clubite, ou fosse, nem que seja para contradizer o autor desse tema.

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Aquele que transcrevi e afirmei naquele dia, e repeti, desde já e sem qualquer problema de maior, nem qualquer tabu ou preconceito, e repeti, neste painel de opiniões e que acabo de novo por afirmar.

É verdade amigos leitores, todos os dirigentes e sem quaisquer excepções, dos chamados clubes grandes, têm todos efectivamente, todos, mas mesmo todos, telhados de vidros, vidros esses, muitas das vezes frágeis demais, pouco transparentes, e como tal, muito ofuscados, para o que se passa em redor desta “podre” indústria "futeboleira", que movimenta milhões de cifrões, e que alimenta e que movimenta simultaneamente em seu redor, e vivida por demasiadas polémicas, por parte dos seus dirigentes, responsáveis e que vêem à praça pública procurando a todo o transe o melhor protagonismo e desta forma arranjarem motivos para defenderem-se a sim e os clubes que representam, e dos fracassos que as suas equipas sofrem quando as épocas não correm de feição, e geralmente, se por um lado os culpados sãos sempre os seus treinados, por outro lado e geralmente viram-se sempre contra as arbitragens.

Há dias, atrás foram as polémicas, provocadas com o não menos inexperiente e novato nestas andanças do dirigismo, o agora presidente do clube leonino, senhor Bruno de Carvalho, que praticamente se zangou com todos aqueles, inclusive árbitros e todos aqueles que o rodeiam, especialmente da parte da equipa de futebol, que é o que dá nome ao clube. Que é efectivamente o futebol.

 A seguir andámos às costas e tivemos que aturar com as não menos polémicas críticas acerca das arbitragens por parte do senhor Pinto da Costa, digníssimo dirigente do  FC Porto, devido ao facto do Benfica ser o líder desta I Liga de Futebol, questionando-se sobre a “seriedade” dos árbitros.

Por fim e para a polémica estar e ficar mais bem composta, só faltava termos o director de comunicação do Sport Lisboa e Benfica, senhor João Gabriel, vir também ele a apontar os mentores de manobras que visam “condicionar a coagir os árbitros”, frisando que “ouvir o FC  Porto queixar-se de arbitragens é como Fidel Castro, queixar-se do comunismo cubano”, passei a citar, com a devida vénia.

Meus senhores, principais responsáveis pelos maiores clubes portugueses, como dizia numa canção, um bem conhecido humorista da nossa praça, “deixem-se de tretas, e força nas canetas”, e tenham a devida dignidade das suas equipas ganharem limpo e dentro das quatro linhas e que efectivamente os árbitros também possam igualmente contribuir, com a devida honestidade e imparcialidade, que devem ter, de igual para igual, quando arbitram, tanto os jogos dos clubes grandes, como dos clubes mais modestos.

E, os dirigentes devem-se remeter ao seu papel de saberem dirigir os seus clubes e acima de tudo e antes de mais incutir e incentivar os seus jogadores, a darem o chamado “litro” dentro das quatro linhas, e não andarem constantemente com guerras com as arbitragens que em nada contribui para o bem-estar do futebol.


(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do jornal RECORD   de 06 de Março de 2015)

Mário da Silva Jesus



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