quarta-feira, 18 de março de 2015

VEDETISMO A MAIS OU DEMASIADO DISPLICENTE

Resultado de imagem para vedetismo a mais ou demasiado displicente



Ao longo da minha vida, tive a infelicidade de ter tido a oportunidade e de ter fixado na minha memória, uma frase, que não é um qualquer provérbio popular e que é a seguinte…Nunca me engano e raramente tenho dúvidas. Ouvi esta frase da boca de duas pessoas, de algumas e grandes responsabilidades na minha vida, mas, que como é óbvio vou omitir os seus nomes por razões mais do que evidentes. Não, que não tivesse vontade de as escarrapachar neste manuscrito, mas posso arriscar, alguma repreensão e ver uma vez mais manchado o meu nome. Mas vamos ao que importa e ao que interessa e que me levou hoje a manusear estas meia dúzia de linhas provavelmente e toscamente mal alinhavadas.
Na vida do dia-a-dia de todos nós, seja ela na vida particular, seja ela na vida profissional, todos nós temos a devida consciência que somos humanos e como tal logo temos tendência para erramos.
Como tal a maioria de todo nós, não somos felizmente, como aqueles meus conhecidos, que omiti os seus nomes por razões óbvias, não que tenha alguma consideração ou respeito por elas, mas convém. Pois todos nós erramos. Mas repetir o mesmo erro duas ou mais vezes, é imperdoável.
Ora, o aconteceu ontem no Campo 1, do Caixa Futebol campus, no Seixal, aquando do jogo entre o Benfica e o Shakhtar Donetsk da Ucrânia, a contar para os quartos-de-final de sub-19 da Liga Jovem da UEFA, cujo resultado após os 90 minutos regulamentares terminou com um empate a 1-1, havendo necessidade de se recorrer ao desempate, para se apurar qual a equipa que carimbava o passaporte com vista à passagem para as meias-finais, da citada competição, através da sempre lotaria das grandes penalidades, cujo resultado foi favorável aos ucranianos por 5-4 Ou é vedetismo a mais, ou foi demasiado displicente
Mas o mais caricato aconteceu, ao minuto 52 quando o resultado era favorável aos jovens benfiquistas por 1-0, e o jovem, devo acrescentar, porque não uma forte promessa de futebol, Romário Baldé, nascido na Guiné Bissau a 25/12/1996, e internacional por Portugal, pelas camadas mais jovens, desde dos sub-15 até aos sub-19, tendo já somado no seu currículo 41 internacionalizações.
E de uma forma, de um total vedetismo a mais, que não é muito aconselhável para o seu futuro, ou tendo sido demasiado displicente, falhou de forma incrível, o penalti, que podia dar naquela altura, ter dado mais tranquilidade a toda a equipa, e o resultado poderia ter tido outro desfecho final favorável para as hostes encarnadas.
Não sendo a primeira vez que tal acontece a este promissor jogador, dois graves erros em provas desta qualidade, não devem acontecer, nem podem ser repetidos, a outra vez que falhou, foi contra o Barcelona na final da época passada nesta mesma prova.
Mas não é caso, para os adeptos o cruxificarem-no, mas sim para toda a equipa técnica em especial o seu técnico João Tralhão o aconselhar a ser menos vedeta e ele próprio rever a sua maneira de crer ser o principal protagonista, pois tem um caminho longo pela frente e todas as condições de vingar.
Mas nada de vedetismos, meu jovem.

(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do jornal RECORD   de 18 de Março de 2015)

Mário da Silva Jesus


Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.