sexta-feira, 17 de abril de 2015

O PÚBLICO dá-nos ouvidos e voz

Leitores de jornais
Leitores que escrevem para os jornais encontraram-se pela segunda vez no dia 28 de Março de 2015, na Casa do Concelho de Tomar, Lisboa. Passaram o dia à volta de perguntas, como esta: "porque escrevemos para os jornais?".
Na variedade das motivações próprias, houve unanimidade: escreve-se para dar opinião, de muitos géneros e temas, mas, fundamentalmente, com intenção cívica e política.
Os espaços que alguns meios de comunicação cedem aos leitores são um lugar privilegiado onde o cidadão pode, em liberdade, partilhar ideias, a sua visão do mundo, os seus problemas, as coisas belas, as expectativas, os desencantos, os impropérios que apetece dizer, educadamente. Quando escreve para o jornal, o leitor intervém directamente e sem filtros no escrutínio e exame do pulsar da “vida pública”.
Na realidade, só podemos congratular-nos com a oportunidade dos jornais editarem os textos do único comentador público verdadeiramente pro bono: o leitor comum que escreve para os jornais. Este não está arregimentado a interesses de grupo e conveniência. Escreve para dizer o que sai de si mesmo, num impulso absurdamente genuíno.
E será talvez nisso, por ser comum e falar de forma comum sobre as suas inquietações, que reside o interesse da sua publicação: porque fala na mesma linguagem do real que é o espaço-tempo convivido entre toda a comunidade.
Este II Encontro de Leitores, andou assim às voltas com este tema central: quando as sociedades democráticas vivem as crises normais nas instituições que enformam a própria democracia, os meios de comunicação são o último escape da liberdade das pessoas, o derradeiro garante da palavra.
Eis a razão que anima os leitores que leem e escrevem para os jornais e pedem mais espaço de expressão: porque os meios só ganham com isso, porque motivam outros a intervirem, e assim fidelizam ainda mais a sua relação com o seu jornal, porque passam a palavra de quem os recebe bem, animando outros a virem.
É por isso que todos assinamos por baixo:
Artur Piedade, Betâmio de Almeida, Carlos Leal, Céu Mota, Clotilde Moreira, Cristiane Lisita, Duarte Dias Silva, Francisco Ramalho, Guilherme Duarte, Gustavo Cudell, Joaquim Tapadinhas, José Rodrigues, Luís Robalo, Miguel Correia, Raul Fernandes, Ricardo André, Santana-Maia Leonardo e Vítor Colaço Santos

3 comentários:

  1. Logo de manhã, quando folheei o jornal, tive o gosto de ler este documento. Estamos um pouco de parabéns, dado que, isto prova, que ainda nos ligam alguma importância. Obrigado a todos os que tivemos a possibilidade de viver este momento, em especial, à Céu Mota e ao Luís Robalo que redigiu a notícia. Um abraço lusitano que envolva todos os signatários.

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  2. Se insistirmos poderemos ganhar. Quietos perdemos sempre.

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  3. Quanto mais unidos, críticos e determinados estivermos, mais importância serão obrigados a ligar-nos. O "senhor" do DN é que ainda não nos ligou nenhuma. A Céu, está a cumprir bem o sua parte. Bom trabalho! Um abraço a todos/as

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