quinta-feira, 9 de abril de 2015

Presidenciais: mais que as mães mas qual o filho certo?

"Sou Candidato a Presidente da República ". Não : não sou eu que o digo mas é a frase que mais tem sido dita nos últimos tempos.
Ser presendiciavel parece estar na moda e disso os proto- candidatos fazem questão de vincar: aplicar a haute couture ás eleições de 2016, tira o sono a qualquer um. 
Parece um lugar bastante apetecível mas acima de tudo, trata se de um cargo com uma elevada dose de responsabilidade. O próximo presidente da república portuguesa, tem de ser alguém capaz de entender o Pais como um todo; tem de ser alguém com um poder de diálogo entre as diversas forças partidárias que os faça parar para pensar em alguns aspetos que por vezes lesam os interesses nacionais; tem de ser um diplomata nato que no exterior saiba projetar bem alto o nome de Portugal. No fundo, o próximo presidente da república de Portugal, tem de ser um elemento político muito mais ativo na defesa da honra e do bem estar social dos Portugueses.
O que estas últimas atualizações de candidatos ao mais alto cargo da Nação nos tem mostrado, é que para alguns dos que até agora se deram a conhecer, a importância de apresentarem propostas esbate-  se na sua sede constante de aparecerem nas parangonas dos jornais. Em alguns, o mérito empresarial e acadêmico , é sobejamente reconhecido e valorizado mas o que faz alguém sair da sua zona de competência e lançar-se como que desmesuradamente na corrida a Belém ? Vontade de mostar serviço? Interesse em contribuir para a causa cívica, mostrando que é possível um outro rumo? Ou simplesmente, a vontade de fazer mais qualquer coisa para acrescentar ao currículo? 
Seja como for, as propostas tardam em chegar e as frases banais e batidas com o intuito de conquistar a amealhar apoios e intenções sui generis, não colhem espingardas. 
Tantos candidatos ( mais que as mães ) mas os portugueses ainda não têm a certeza se alguns destes "filhos" será o certo. Falta substância política ao conteúdo oco de propostas concretas.
Se é de salutar o número crescente de candidatos   o que só demonstra que a cidadania em Portugal está a começar a mudar e ficar mais pujante -democrática e politicamente falando-, também não deixa de ser  curioso este súbito rasgo de patriotismo de pessoas que até então se predispunham a ser meros comentadores de bancada. Acho bem que tenham decidido dar este passo em frente mas fica o aviso: não banalizem este cargo que deve ser dos mais prestigiantes para a Nação . 
Mais do que meras intenções e boas práticas acadêmicas e empresariais, não  basta dizer que se é candidato: há que o demonstrar todos os dias em todas as ações praticadas junto do povo português. 
Mães há muitas: mas qual o filho certo?
Só em 2016, saberemos, mas até lá, palpita me que as sementes de Belém , vão continuar a dar os seus frutos. Resta saber, se os mesmos serão maduros suficientes para dar uma resposta frontal a esta crise ou demasiado verdes para a compreender. 

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