segunda-feira, 18 de maio de 2015

A que estado chegamos

Portugal, país pernicioso mais que periférico, não caminha bem. Parece indicar que tem faro para chegar ao abismo mais rápido que o suicida. Ora são os discursos do parodiante presidente da nação, que agora que está de partida para gozar os seus optados e contestados rendimentos faz discursos hipócritas, insinuadores de quem tem a consciência à espera de remissão de culpas, da má governação de que foi agente executivo e autor da destruição daquilo que quer de novo ver de pé. Deitou abaixo a agricultura, as pescas, os transportes, a banca, e não contente contribuiu para o despedimento em massa dos jovens e das suas competências, acompanhados de outros mais velhos, com idade para serem uma presença na sua aldeia ou na sua cidade, a erguer o país que os expulsou. Mas Portugal, não é uma desilusão só por ter um presidente com este perfil cínico e malévolo. É um Estado que se proteje com um aparelho repressivo sob várias formas. É um país desumano tal como desumanas são as suas forças de segurança especiais de uma qualquer especialidade desumana. Na festa(!) dos benfiquistas, em Guimarães sobretudo, as televisões mostraram um pai, um idoso que bem podia ser avô, e uma criança a beber água sob os cuidados da família assim constituída que quase em repouso ali relaxavam felizes, foram abordados por alguns "valentões" de viseira e capacete, escudo, bastão e botas todo-o-terreno, chamadas forças de choque, e por dá cá aquela palha e um ou outro mal entendido ou por uma boca fora de jogo, um elemento brutamontes e quem sabe se a espumar pela boca por substância a analisar, atira o pai da criança ao chão como trapo, despacha-o com umas quantas bastonadas, e o velho vendo esta ignóbil intervenção do agente da ordem e dos desacatos, corre em auxílio do seu familiar ou amigo, e leva com a mesma dose de raiva doentia, levando ambos homens ali em repouso, ao tapete forrado de dor. A criança, rapaz que bebia por uma garrafa de água maior do que ele, ao ver os seus muito queridos a serem golpeados por tanta violência saída da barbárie policial, estupefacto sem nunca compreender o absurdo do que se estava a passar, entra em fuga sem destino seguro e é depois agarrado numa tentativa de ser consolado, por outros agentes, que aos olhos dele não seriam outra coisa senão ninjas e carrascos causadores do sofrimento seu e dos seus familiares que acabavam de ser agredidos e humilhados para sempre no seu coração. Vestiam, pai e filho as cores do seu clube que acabava de se tornar no campeão nacional do pontapé na bola. Saíram a perder daquele confronto, em que uns excessivos valentões protegidos por uma farda e pela lei(!), marcaram a pontapé para sempre fora do tempo regulamentar, a vida de uma criança, ganhando-lhe à bastonada sem obedecer a regras de responsabilidade, por uma cabazada que deve ser sujeita a processo crime pelas entidades superiores e perante as quais eles, agentes terão que responder e sofrer a penalidade que aquele encontro requer e nós exigimos seja aplicada.
                             

3 comentários:

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