sexta-feira, 8 de maio de 2015

Reflexões vivenciais


Li que é preciso transformar o que não funciona, ou como é legítimo preservar o que mostrou a sua utilidade ao longo do tempo.
Todavia, em nome de uma ‘filosofia da vaidade’ muito em uso, arrasa-se o que funciona e preservam-se futilidades.
Assim, numa reflexão ética, os homens devem ser julgados pelos seus exemplos, ou pelas suas belas palavras?
É que não existe ditador ou sanguinário, tal como travestidos democratas, que nos seus discursos não façam apologia da liberdade, da igualdade, ou da fraternidade, enquanto, ao mesmo tempo, escravizam, empobrecem e executam o seu povo ‘tão amado’.
Portanto, não devemos optar por pugnar pelas causas do politicamente correcto, tais como, por exemplo: o antiamericanismo demencial, ou o ódio visceral a Israel – a única democracia de todo o Médio Oriente; ou prometer-se o que nunca se pensou cumprir.
Já La Rochefoulcauld afirmara que ‘a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude’.
Logo, não façamos a outrem aquilo que não queremos que nos façam, ou de nós digam.
Sejamos, pois, honestos q.b., livres do vício que homenageia a virtude, só para nos enganar, nos enganarmos, ou a outrem isso fazermos.
Então, uma das coisas mais difíceis de ter em atenção é que o valor de um homem numa área determinada não constitui uma garantia do seu igual valor em um outro sector, pelo que nunca deveremos misturar os dois lados de uma moeda, pois ambos não são iguais.
De  igual modo, devemos sempre separar o talento artístico/profissional da mensagem política que existe em cada um de nós.
E, se um dia quisermos mesmo ajudar alguém, digamos-lhe a verdade. Todavia, se pelo contrário, quisermos tirar dividendos para nós mesmos, digamos-lhe apenas aquilo que esse alguém quer ouvir.


José Amaral

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